O LIVREIRO

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Minas bate novo recorde com a cana-de-açúcar



Exportações e demanda de novas indústrias estimulam a produção
A produção mineira de cana-de-açúcar destinada à indústria sucroalcooleira, em 2010, deve alcançar 56,2 milhões de toneladas, superando o recorde de 49,9 milhões de toneladas registrado no período anterior. O aumento previsto é de 12,6%, enquanto para a safra nacional do produto, com as mesmas finalidades, a previsão é de 664,33 milhões de toneladas, e neste caso o crescimento é de 9,9%, também garantindo recorde.

Os dados constam de um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (29). Segundo o estudo, Minas Gerais mantém a segunda maior área plantada de cana-de-açúcar destinada à indústria sucroalcooleira no Brasil. São 648 mil hectares dentro da área total do país reservada para este segmento.

Ao analisar os números, o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, destacou que, de acordo com as estimativas, Minas consolidou a segunda posição nacional na produção de cana destinada à indústria de açúcar e álcool, atrás apenas de São Paulo.

Novas usinas
O superintendente disse que, no caso de Minas Gerais, a estimativa é de que a indústria alcooleira absorva 56% da produção e a indústria do açúcar adquira os 44% restantes. “Os dados da Conab mostram que, no Brasil, os percentuais previstos de absorção da cana-de-açúcar são semelhantes”, assinalou Albanez.

“As perspectivas da safra são positivas porque o mercado internacional do açúcar continua assegurado, principalmente porque a Índia, um dos principais exportadores e consumidores do mundo, ainda não recuperou a sua produção”, acrescentou o superintendente. “Quanto ao etanol, o Brasil vai seguir buscando novos mercados pelo mundo, sendo favorecido por um cenário favorável ao consumo desse combustível, que é limpo e renovável.” No entanto, segundo o superintendente, o grande foco da produção de cana-de-açúcar no mercado doméstico é a indústria do álcool, pois a maioria da frota brasileira é constituída por veículos flex.

Outro fator que contribuiu para o aumento da safra foi a instalação de novas usinas no país. Das dez novas unidades, três estão em Minas Gerais, duas em São Paulo, duas em Goiás e as demais nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.


Os municípios que detêm o maior volume de produção de cana-de-açúcar em Minas Gerais estão localizados na região do Triângulo. São os seguintes: Uberaba, Conceição das Alagoas, Ituiutaba, Frutal e Iturama.
Fonte: Secr. de Agr. de MG
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

Previsão de alta dos juros preocupa setor de máquinas



Para a entidade, a possível decisão do Copom de elevar a taxa Selic vai interferir em toda a economia brasileiraAtualizada às 20h30min

Começou nesta terça, dia 27, mais uma reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. A expectativa do mercado, de alta nos juros, desanima o setor de máquinas e equipamentos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), a alta da taxa Selic vai prejudicar o setor a longo prazo.

O resultado dos primeiros três meses do ano animou o setor. O faturamento chegou perto de US$ 1,5 bilhão no período, um crescimento de quase 30% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. As exportações também subiram 21%. Os números foram citados durante a Agrishow, em Ribeirão Preto. Porém, de acordo com o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, os expositores da feira, que até então estavam otimistas com a retomada, agora estão apreensivos com a possível alta dos juros.

Para a entidade, a possível decisão do Copom de elevar a taxa Selic vai interferir em toda a economia brasileira, prejudicando diversos setores.



CANAL RURAL
Fonte: www.canalrual.com.br

Especialistas discutem o futuro da agroenergia na Agrishow



Feira é um centro de discussões sobre mercado e tendências na agriculturaSebastião Garcia | Ribeirão Preto (SP)
Atualizada às 20h20min

Muito se diz que a Agrishow é a vitrine do que há de mais novo em tecnologia da indústria de máquinas e que é a grande oportunidade de negócios para o setor. Além disso, a feira é também o centro de discussões sobre mercado e tendências na agricultura. Uma das discussões aconteceu nesta terça, dia 27, no fórum sobre o futuro da agroenergia, que reuniu especialistas em Ribeirão Preto.

Matéria-prima é o que não falta na região quando o assunto é agroenergia. Das terras do interior de São Paulo saem boa parte da produção de etanol do Brasil, e de energia também, como faz esta usina em Sertaozinho, a 35 km de Ribeirão Preto. A produção com bagaço da cana chega a 70 mil megawatts por ano, o suficiente para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes. A usina tem 60 anos. Há pouco mais de 20, os empresários aproveitam o bagaço e fornecem energia até para o sistema nacional, quer dizer, daqui sai também a luz que chega na sua casa. É um privilégio pra quem está estrategicamente bem situado.

— O Brasil é imbativel na produção de etanol e também de bioenergia — diz o diretor industrial Jairo Baldo.

Cerca de 85% da produção brasileira de cana fica na região centro-sul do país.

O presidente da Organização de Plantadores de Cana do Centro-sul, Ismael Perina, participou nesta terça na Agrishow do fórum sobre o futuro da agroenergia no mundo. Além do potencial da produção brasileira, os especialistas falaram das vantagens da cana em relação ao milho na produção de biodiesel, por exemplo, e do desafio de quem fornece matéria-prima como o Brasil, em manter o ritmo de crescimento que o mercado quer.



CANAL RURAL

Efeito China sustenta alta da cotação de soja



As cotações da soja em Chicago voltaram a ser influenciadas pelo efeito-China. Com o clima frio em Pequim, que prejudicou o plantio de soja no país, os preços da oleaginosa seguem para seu terceiro mês de alta. Além disso, os chineses já informaram que aumentarão sua demanda, principalmente de Estados Unidos e Brasil, já que a produção está danificada.

Segundo analistas, os preços, por conta do clima desfavorável na China, continuarão subindo. "Previsões de clima frio na China podem significar que o país terá que comprar mais soja. Produtores dos EUA podem estar segurando suas vendas com expectativas de que os preços continuem subindo", disse Eric Bailon, presidente da Paritas Trading.

Na semana passada, as cotações da soja bateram os US$ 10 em Chicago e os preços devem continuar firmes por conta das altas importações chinesas. "Podemos tratar a China como o principal pilar de sustentação dessas cotações acima dos US$ 10 por bushel. Abril deve fechar com 4,3 milhões de toneladas, 20% acima do previsto pela China", diz o analista Carlos Cogo.

Fonte: DCI
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

Safra 2010/11: Rossi confirma R$100 bi em recursos para plano safra



O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou nesta segunda-feira (26) que o governo destinará cerca de R$ 100 bilhões em recursos para o Plano de Safra 2010/2011, previsto para ser anunciado na segunda quinzena de junho. O valor, já adiantado por Rossi em entrevista à Agência Estado, deve ficar perto dos R$ 95 bilhões da safra atual, dos quais cerca de 10% não serão tomados pelos produtores.

"O recurso oferecido (em 2009/2010) não foi totalmente tomado, primeiro pelo nível de endividamento do produtor, já que muitos perderam a capacidade de financiamento, e ainda porque muitos produtos estiveram em uma faixa de preço razoável e não precisaram de grande apoio", afirmou o ministro, que participou da abertura da Agrishow 2010, em Ribeirão Preto (SP).

Em um discurso no qual citou várias vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rossi salientou que os recursos destinados ao financiamento agrícola saltou de R$ 22 bilhões, em 2003, para quase R$ 100 bilhões neste ano que será o último ano de mandato de Lula. "O presidente Lula multiplicou os recursos colocados à disposição do agricultor e aumentou mais de dez vezes o volume de apoio à comercialização", afirmou o ministro.

Na atual safra 2009/2010, os recursos para comercialização, que começaram a ser liberados agora, devem somar R$ 5,2 bilhões, valor que ainda pode crescer por meio de novos aportes orçamentários, ante R$ 5,1 bilhões da safra passada já com os recursos extras liberados.

Segundo o ministro, recursos já anunciados para apoio à comercialização de arroz, feijão e milho devem começar a ser repassados na próxima semana. "Devemos liberar ainda este mês operações para trigo e avaliamos outros produtos bem de perto, que ainda não precisam de apoio, como algodão e soja, pois estão acima do preço mínimo", explicou Rossi.

No discurso de abertura da Agrishow, cerimônia na qual estiveram presentes seus três antecessores - respectivamente Reinhold Stephanes, Luís Carlos Guedes Pinto e Roberto Rodrigues - Rossi fez duras críticas aos ambientalistas e chegou a defender o plantio de florestas exóticas como salvação das florestas naturais.

Rossi cobrou que o discurso sobre o meio ambiente seja transformado em prática agronômica. Disse ainda que quem pode defender o meio ambiente é quem vive nele, no caso, o agricultor, e completou: "não venham nos dar aulas de como preservar meio ambiente de dentro do salões da elite e dos shoppings centers de São Paulo, venham colocar o pé no barro".

Fonte: Folha de Londrina
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terça-feira, 27 de abril de 2010

Engana-se quem pensa que há mudança de orientação, diz Meirelles




Segundo ele, Banco Central 'não precisa provar nada a ninguém'.
BC foi criticado por analistas no mês passado ao não subir os juros.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

No dia em que começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definirá a taxa básica de juros da economia, atualmente em 8,75% ao ano, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, afirmou, nesta terça-feira (27), que engana-se quem pensa que pode haver uma mudança de orientação das política adotada. A decisão sobre a taxa de juros será anunciada nesta quarta-feira (28), após as 18h.

"Engana-se quem pensa que pode haver mudança de orientação. Não houve a não haverá", disse Meirelles, duranta a cerimônia de posse do novo diretor de Assuntos Internacional da autoridade monetária, Luiz Awazu. Mais adiante, o presidente da autoridade monetária afirmou que o "Banco Central não precisa provar nada a ninguém". "Existe uma história de sucesso e de credibilidade", acresentou ele.

Críticas
No mês passado, o BC foi criticado por analistas do mercado financeiro ao optar por manter a taxa básica de juros estável em 8,75% ao ano. Isso porque os analistas, e a própria autoridade monetária, já estavam prevendo, naquele momento, um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao redor de 5,2% para 2010.

O centro da meta de inflação para este ano, cuja missão do BC é atingí-lo, é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Na reunião desta semana, a maior parte do mercado acredita em uma elevação de 0,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, mas há vários analistas projetando um aumento maior, para 9,5% ao ano.

'Administrando o sucesso'
Meirelles disse ainda, nesta terça-feira (27), que existe uma discussão, em torno das decisões do Copom, como se o Brasil 'estivesse em outra época". "Como se algumas pessoas estivessem acostumadas ao sucesso, procurando culpados. Estamos administrando o sucesso, uma situação não usual. Busca-se motivações negativas de um lado ou outro, de movitação politica, ou para recuperar credibilidade. Quando, na realidade, a credibilidade do BC é reconhecida internacionalmente", afirmou.

Na avaliação do presidente do Banco Central, o que "vale a pena" é o resultado e o reconhecimento da população. "O presidente do Banco Central começou a ser ventilado para uma via eleitoral, porque as pessoas passam a ver a estabilidade de preços e econômica como um ativo eleitoral. O fato concreto é o que vale a pena é o reconhecimento e o legado. A estabilidade é fator primordial para garantir um crescimento sustentado. A preservação do poder de compra moeda nacional é um direito básico de cidadania", concluiu.

No início deste mês, Meirelles informou ter desistido de concorrer nas eleições de outubro. Deste modo, ele permanecerá no comando da instituição até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: g1.globo.com/noticias

Marina defende etanol sem risco para segurança alimentar e ambiente



Pré-candidata à presidência alertou para perigos da expansão da produção no país
Agência Estado
A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à Presidência da República, alertou nessa segunda, dia 26, para o perigo da expansão da produção de etanol no Brasil.

– Nós não temos de ser a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dos biocombustíveis – disse ela, em entrevista ao fim de viagem de três dias a Washington, nos Estados Unidos.

– Nós vamos produzir o que é possível, sem risco para segurança alimentar e meio ambiente, e transferir tecnologias para outros países, na África e no Caribe.

Marina defende a eliminação da tarifa norte-americana sobre o etanol brasileiro e abordou a questão em reunião na segunda com Maria Otero, subsecretária de Estado para Democracia e Assuntos Globais. Mas a senadora afirmou que é preciso certificar o etanol brasileiro, para garantir que o combustível seja sustentável e evitar que concorrentes usem o desmatamento como desculpa para prejudicar o produto brasileiro.

– Não sei por que em oito anos de governo não se fez a certificação do etanol – criticou.

Segundo ela, ao certificar o etanol, é estabelecida uma cota de produção que não vai afetar a segurança alimentar e são observados critérios de respeito à legislação trabalhista e legislação ambiental.

– Isso vai desconstruir o argumento daqueles que usam a questão ambiental para barrar nosso etanol – disse.

– Mas se continuarem as mesmas pessoas (no governo), vão ser mais oito anos perdidos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



AGÊNCIA ESTADO

Agricultura antecipa ofenciva norte-americana



Plano nacional de incentivo às vendas externas só deve sair em setembro, mas esforços para fortalecer mercado interno e ampliar comércio internacional já começaram.
Quase três meses depois de lançar o desafio de dobrar as exportações em cinco anos, o presidente Barack Obama ainda aguarda a conclusão do programa que promete criar dois bilhões de empregos e tirar a economia norte-americana da recessão. A agricultura, porém, decidiu se antecipar à formalização do projeto norte-americano de multiplicar os embarques. As ações acontecem em duas frentes principais. Para fortalecer seu mercado interno, os EUA renovam políticas de subsídios diretos. Para ganhar mercados no exterior, investem em missões internacionais e acordos bilaterais.

O crescimento das exportações de soja, um dos principais produtos da balança comercial dos norte-americanos, mostra que eles não estão de brincadeira. Há sete meses o USDA reajusta para cima sua projeção de embarque, agora em 39,3 milhões de toneladas. Faltando pouco mais de quatro meses para o encerramento da temporada, o país já negociou 95% desse volume, o que significa que essa meta pode ser revista novamente, e para cima. Em igual período do ano passado, esse índice era de 87%. Na safra anterior, os EUA exportaram 34,9 milhões de toneladas.

Entre os alvos da nova política de comércio internacional estão países em desenvolvimento e que apresentam rápido crescimento, como China, Índia e Brasil. No ano passado os chineses responderam por 54% do comércio mundial de soja. Não por acaso, incentivar esses países a comprarem produtos norte-americanos faz parte da estratégia. “É aí onde o dinheiro está e é aí onde temos que focar”, afirmou Francisco Sanchez, do Departamento de Comércio, ressaltando que 95% dos consumidores mundiais vivem fora dos EUA. Sanchez, que assumiu o cargo no mês passado, disse em entrevista à agência Reuters que visitará Brasil e China em maio, Índia e Arábia Saudita em junho, e Canadá e México nos meses seguintes.

Em uma dessas missões, na semana passada, no Japão, o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, declarou que o objetivo nessas viagens “é incentivar a abertura dos mercados e defender um sistema comercial aberto, baseado em re­­gras internacionais, que irá beneficiar tanto os consumidores quanto os nossos agricultores e pecuaristas, que fornecem produtos pa­­­ra todo o mundo.” Na abertura do 2010 Agriculture Outlook Fo­­rum, em fevereiro, em Wa­­shington, Vilsak afirmou que o USDA não mediria esforços para ajudar Obama a cumprir a promessa.

A Estratégia Nacional de Exportação (NEI, na sigla em inglês), plano norte-americano para fortalecer o comércio exterior, está sendo construída por um grupo de trabalho criado pela Casa Branca em março. A equipe que integra o NEI se reúne pela primeira vez neste mês. O documento final só deve ser apresentado ao presidente em setembro.

Política de subsídios

O caminho para sair da crise, acreditam os EUA, é o livre comércio. Mas isso não significa que eles estão dispostos a abrir o próprio mercado. Ele sabem que para manter seus produtos competitivos no exterior precisam apoiar o setor produtivo. A controversa indústria do etanol de milho, por exemplo, está prestes a ficar mais tranquila por mais cinco anos. Estão em tramitação no Congresso Nacional duas propostas diferentes, mas que têm o mesmo objetivo: ampliar e estender até 2016 os subsídios pagos aos produtores, que expiram no final de 2010.

Além de renovar a tarifa de importação de US$ 0,54 por galão (3,7 litros), as propostas prevêem também o pagamento de um bônus de US$ 0,45 para a indústria por galão de álcool misturado à gasolina, US$ 0,10 por galão para pequenos produtores e US$ 1,01 por galão a produtores de etanol celulósico. Segundo especialistas, os incentivos custariam aos cofres norte-americanos US $ 6 bilhões por ano.

Em 31 de dezembro de 2009, o incentivo de US$ 1 por galão (3,8 litros) que era pago à indústria do biodiesel expirou e, desde então, a produção do país foi praticamente interrompida. Neste ano, a proposta de renovação do subsídio foi aprovada na Câmara e aguarda votação no Senado. Segundo o Instituto de Pesquisa em Política de Agricultura e Alimentação (Fapri, na sigla em inglês), a não-renovação do subsídio pode resultar em uma queda de cerca de US$ 0,15 por bushel nos preços do milho e da soja. Um terço da safra de milho dos EUA é usado para fazer etanol e 11% do óleo de soja produzido no país são utilizados para biodiesel.
Fonte: Gazeta do Povo
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br

Agricultores invadem Paris com tratores em protesto contra politica agrária


Agricultores invadem Paris com tratores em protesto contra política agrária
Milhares de agricultores produtores de cereais franceses invadiram Paris nesta terça-feira com seus tratores em protesto pela queda de suas receitas e pela preocupação em relação ao futuro da PAC (Política Agrária Comum), o que ameaça perturbar o trânsito na capital francesa.
Cerca de dez mil agricultores, segundo os sindicatos que convocaram a manifestação, se dirigem a Paris para uma passeata pelas ruas a bordo de aproximadamente 1.200 tratores, que devem percorrer algumas das principais ruas da cidade.
Procedentes de diferentes regiões do país, os agricultores foram chegando na segunda-feira à região parisiense, onde passaram a noite em casas de colegas que vivem na capital.
Logo que foi reunido o cortejo, os agricultores se dirigiram pela manhã rumo à capital, o que provocou perturbações no tráfego nas principais vias de entrada na cidade.
Convocados por quatorze federações regionais e apoiados pelo principal sindicato agrícola, a FNSA, os agricultores pedem "medidas concretas e imediatas" perante a crise de receita sofrida por conta da estagnação dos preços.
Segundo as organizações, no ano passado a receita dos agricultores diminuiu 50%, após ter caído 30% no ano anterior.
A causa desta queda é a redução dos preços dos cereais, que não foi compensada com boas colheitas.
Com as reivindicações, o governo assegura que estudará medidas de apoio ao setor agrícola no contexto de um plano de desenvolvimento global que deve ser pactuado com seus vizinhos europeus.
O ministro da Agricultura, Bruno Le Maire, por sua parte, não descartou ajudas pontuais para enfrentar as oscilações dos preços dos cereais.



Fonte: Da Efe, em Paris

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Agrishow pode ficar por mais 30 anos em Ribeirão Preto


Agrishow pode ficar por mais 30 anos em Ribeirão Preto
Atual convênio, renovado a cada cinco anos, expira em 2014
Agência EstadoGustavo Porto

A Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) pode ficar por mais 30 anos em Ribeirão Preto (SP), cidade onde está desde a primeira de suas 17 edições. O governo paulista e os organizadores da principal feira do agronegócio da América Latina assinaram nesta segunda, dia 26, na abertura da Agrishow 2010, protocolo de intenções para estudar a cessão da área na qual ela é realizada, que é do Estado de São Paulo, por um longo prazo.

O atual convênio, renovado a cada cinco anos, expira em 2014. Organizadores da Agrishow e as montadoras pedem prazo de 30 anos para que possam fazer obras permanentes de infraestrutura.

— Com isso, muitas empresas fariam estandes permanentes na feira, o que diluiria o alto custo de montar e desmontar esses equipamentos — afirmou Cesário Ramalho, presidente da Agrishow.

Já para o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, a expectativa é que até o final do ano, um novo contrato de cessão da área para a Agrishow seja assinado. Segundo ele, além de os organizadores terem de cumprir uma série de exigências para ampliar o prazo de uso, o governo paulista também estuda uma forma jurídica de fazer o acordo.

Aberta nesta segunda, dia 26, em Ribeirão Preto, a Agrishow deve receber, até sexta, dia 30, 140 mil visitantes, dos quais quatro mil estrangeiros. São 730 expositores, de 45 países, que utilizarão uma área de 360 mil metros quadrados, além de 800 demonstrações de campo das máquinas e equipamentos. Neste ano foram investidos R$ 13 milhões em obras e infraestrutura, que incluíram nova planta, rede elétrica, acessos e estacionamentos. A expectativa é de que a feira movimente R$ 860 milhões em negócios.



AGÊNCIA ESTADO
Fonte: www.canalrural.com.br

Deixar potencial hidrelétrico para apostar em tremelêtrico seria insano, diz lula sobre Belo Monte


Deixar potencial hidrelétrico para apostar em termelétrico seria insano, diz Lula sobre Belo Monte
Potencial hídrico do país gira em torno de 260 mil megawatts
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu nesta segunda, dia 26, críticas sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Ele destacou que o potencial hídrico do país gira em torno de 260 mil megawatts e que seria “insano” substituir tal produção por termelétricas a óleo diesel, por exemplo.

No programa semanal Café com o Presidente, Lula lembrou que o projeto de Belo Monte vem sendo debatido há 30 anos e pediu a compreensão da sociedade brasileira sobre o assunto. Ele ressaltou que a usina vai trabalhar com o valor de R$ 78 para cada megawatt/hora, enquanto uma usina eólica gasta R$ 150 e uma usina a gás, R$ 200.

– A energia hídrica ainda é a mais barata. O que precisamos é trabalhar com muito cuidado para fazer as hidrelétricas da forma mais cuidadosa possível, causar o menor impacto ambiental possível. Depois de 30 anos, finalmente, Belo Monte vai sair – disse.

Segundo Lula, a área ocupada pela usina será 60% menor do que inicialmente previsto e 16 mil pessoas devem ser deslocadas da região.

– Obviamente que sempre vai ter aqueles que não querem que a gente faça para poderem encontrar um culpado – disse o presidente, ao se referir ao que chamou de “indústria do apagão”.

– São pessoas que não querem que a gente construa a energia necessária porque querem que tenha um apagão.



AGÊNCIA BRASIL
Fonte: www.canalrural.com.br

Agrishow Ribeirão preto.


Agrishow Ribeirão Preto: Secretário anuncia o Pró-Implemento
Durante a abertura da Agrishow Ribeirão Preto 2010, o Governo do Estado de São Paulo anunciou o Pró-Implemento, que a exemplo do Programa Pró-Trator, que financia tratores de menos de 50 cavalos a 120 cavalos, também financiará equipamentos e implementos agrícolas a juro zero. A novidade é uma parceria com o Banco do Brasil.

“Uma ação complementar ao Pró-Trator e nas mesmas condições: juro zero, prazos de cinco anos e três anos de carência. Agora, o produtor paulista pode ter o kit completo a juro zero”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, João Sampaio, durante a abertura da Agrishow Ribeirão Preto.

O Pró-Implemento financiará com um teto de R$ 35 mil por produtor implementos como pulverizadores, subsoladores, grades e arados, além de equipamentos como resfriadores de leite. O agente financeiro será o Banco do Brasil, com R$ 25 milhões vindos dos chamados R.Os (recursos obrigatórios), com taxas de juros de 6,75% ao ano. Com o convênio a ser celebrado, dentro de um mês, o produtor terá o juro subvencionado pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista da Secretaria (Feap). Nesta primeira fase, são R$ 6 milhões para a subvenção.

Os beneficiários são pequenos e médios produtores paulistas com renda bruta anual de até R$ 400 mil, sendo que 80% da sua renda deve vir da atividade agropecuária.

O Pró-Implemento complementa o Pró-Trator e ainda completa algumas outras linhas de financiamento que o Feap desenvolve com juros de 3% ao ano, como financiamento de máquinas de plantio direto, equipamentos para as diversas cadeias produtivas, como irrigação, tanques de resfriamento, secador de café e máquinas e equipamentos comunitários para cooperativas.

Fonte: Secr. de Agr. de SP
FONTE: www.noticiasagricolas.com.br

TRIÂNGULO MINEIRO É DESTAQUE NA PRODUÇÃO DE CANA


Triângulo mineiro é destaque na produção de cana
O jornal Diário do comércio informou que a região do Triângulo Mineiro ganhou destaque na produção de cana-de-açúcar.
O jornal DIÁRIO DO COMÉRCIO (22/4) informou que a região do Triângulo Mineiro ganhou destaque na produção de cana-de-açúcar, por apresentar topografia e clima adequados para o cultivo e proximidade com São Paulo. Somente neste ano serão inauguradas três usinas, com investimentos próximos a R$ 600 milhões, no total.
De acordo com presidente do SIAMIG/SINDAÇÚCAR-MG, Luiz Custódio Cotta Martins, no início de maio serão iniciadas as atividades na Companhia Energética de Açúcar e Álcool Vale do Tijuco, em Uberaba, em agosto ocorre a inauguração da usina Bioenergética Aroeira Ltda, localizada em Tupaciguara, além da Bioenergética Vale do Paracatu Ltda, em João Pinheiro (Noroeste).

A moagem estimada nas três unidades é de 3 milhões de toneladas de cana. O desenvolvimento da atividade no estado gera cerca de 80 mil postos de trabalhos diretos, a região do Triângulo é responsável por 80% das vagas trabalhistas. .

Luiz Custódio informou, também, que o SIAMIG/SINDAÇÚCAR-MG junto ao governo federal está desenvolvendo neste ano um trabalho de capacitação para a formação e readequação da mão de obra do setor, com destaque para a região do Triângulo Mineiro. A medida foi tomada para reduzir os níveis de desemprego provocado pela mecanização da atividade, que já atinge 60% das lavouras.

"Vamos capacitar parte da mão de obra para ser reaproveitada pelas empresas no controle das máquinas. Os trabalhadores que não tiverem acesso a esse treinamento serão capacitados para outras atividades", afirmou.

Fonte: Protefer
FONTE: www.noticiasagricolas.com.br

domingo, 11 de abril de 2010


MP sobre prazo de dívida agrícola pode ser votada nos próximos dias
Texto original concede incentivos fiscais a indústrias, mas acordo permitiu a inclusão da prorrogação na medida provisória
Agência EstadoFabíola Salvador

A proposta para ampliação do prazo para pagamento dos débitos agrícolas inscritos na Dívida Ativa da União (DAU) é um dos aspectos da medida provisória (MP) 472, que pode ser votada na próxima semana pelo Senado. O texto original concede incentivos fiscais a indústrias, mas um acordo entre parlamentares, ruralistas e governo permitiu a inclusão da prorrogação na MP.

O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), que negociou a inclusão, defende que a data para pagamento dos débitos inscritos em DAU, encerrada em 31 de março, passe para 30 de setembro para liquidação e até 20 de dezembro para parcelamento.

Em nota, o parlamentar disse que o último acordo com o governo envolvia R$ 7,11 bilhões e mais de 31 mil operações nessa modalidade. Heinze argumenta que menos de 30% dos contratos foram renegociados e atribui à baixa procura a falta de renda dos produtores e aos problemas climáticos ocorridos nos últimos meses.

— O setor não tem rentabilidade e sofre com um volume muito grande de dívidas extremamente inchadas por juros e multas. Além disso, o excesso de chuvas na região Sul e a queda no preço das commodities impediram os produtores de acertarem suas contas — avalia.

Outro item que preocupa os produtores é a possibilidade de execução fiscal dos valores inadimplentes. A lei anterior concedia a suspensão do ajuizamento também até 31 de março.

— Enquanto não aprovamos a lei, enviei documentos aos Procuradores da Fazenda apelando para que isso não ocorra. Assim evitaremos uma enxurrada de ações de cobrança que colocarão em risco a produção de alimentos — explica.



AGÊNCIA ESTADO
FONTE: www.canalrural.com.br
Ministério da Agricultura suspende comercialização de 39,6 mil toneladas de sementes nos últimos dois anos
Grande parte das apreensões não estavam inscritas no Registro Nacional de Cultivares
Mais de 36 mil fiscalizações em estabelecimentos produtores de sementes e mudas foram realizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no período 2008/2009. O trabalho resultou na apreensão de 39,6 mil toneladas de sementes para comercialização, grande parte não estava inscrita no Registro Nacional de Cultivares (RNC), gerido pelo ministério.

– O uso de sementes piratas, além de ilegal, contribui para a disseminação de pragas, baixa produtividade da lavoura e diminuição da qualidade do produto – explica o coordenador de Sementes e Mudas do Mapa, José Neumar.

Nos últimos três anos, foram realizadas 17 forças-tarefas nos Estados do Acre, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

– Desenvolvemos ações em regiões específicas, com fiscais federais de vários estados, para combater a pirataria de sementes – destaca Neumar.

Treinamentos - No período 2007/2009, cerca de 230 fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura participaram de treinamentos em fiscalização, certificação e comercialização de sementes e mudas, além de relatórios de processos administrativos fiscais. No ano passado, 30 profissionais foram capacitados no curso de especialização em Ciência e Tecnologia de Sementes, na Universidade Federal de Pelotas/RS.

Hoje, 24.428 cultivares estão inscritas no Registro Nacional de Cultivares (RNC). Em 2009, foram incluídas 1.093 cultivares e 1.208 em 2008. A previsão orçamentária da Coordenação de Sementes e Mudas, para este ano, é de R$ 10,5 milhões. Em 2009, o orçamento foi de R$ 6,8 milhões.



MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
FONTE: www.canalrural.com.br

sábado, 10 de abril de 2010

Pesquisas na área de Biodiesel recebem recursos de até R$ 15 milhões


Pesquisas na área de Biodiesel recebem recursos de até R$ 15 milhões
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) abre chamada pública para selecionar projetos de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação para o desenvolvimento da cadeia produtiva do Biodiesel. As propostas serão financiadas no valor global estimado de R$ 15 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/Fundos Setoriais), a serem liberados em duas parcelas, de acordo com a disponibilidade orçamentária do CNPq.

O edital apoia duas linhas de pesquisa: a primeira, que abrange a cadeia de Produção e Uso de Biodiesel que contemplem obrigatoriamente e de forma integrada, as fases de produção e obtenção de matérias primas graxas; produção de biodiesel via rotas metílica e/ou etílica; caracterização e controle da qualidade do óleo e do biodiesel produzido e controle de processos de extração do óleo e obtenção dos mono-ésteres; estratégias e formas de armazenamento; e utilização de co-produtos das fases de obtenção de matéria prima, de extração do óleo e produção do biodiesel.
Já a segunda linha é voltada para projetos que abrangem a cadeia produtiva do biodiesel com foco na sustentabilidade ambiental, envolvendo pelo menos uma das seguintes linhas: Recuperação de áreas degradadas com a utilização de culturas oleaginosas endêmicas e não convencionais como fonte de matéria prima para produção de biodiesel, envolvendo a extração do óleo e a utilização de co-produtos da fase agrícola; Avaliação de impactos ambientais e estratégias de remediação ambiental; Análise do ciclo de vida de processos associados à produção de biodiesel.

Terão preferência em ambas às linhas, propostas de cooperação interinstitucionais submetidas por pesquisadores que atuem no estudo da cadeia do biodiesel e/ou tenham parceria com empresas com atuação no setor de biodiesel. Opcionalmente, recomenda-se para as duas linhas, que os projetos envolvam também estudos de viabilidade econômica e ambiental.

O pesquisador interessado deve ter o título de doutor, experiência de pesquisa na área, currículo cadastrado na Plataforma Lattes e vínculo formal com a instituição de execução do projeto. Serão concedidas bolsas, por até 24 meses, nas modalidades de Iniciação Tecnológica Industrial (ITI-A e ITI-B), Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI), Especialista Visitante (EV), Extensão no País (EXP) e Apóio técnico em Extensão no País (ATP). A implementação das bolsas deve ser realizada dentro dos prazos e critérios estipulados para cada uma dessas modalidades, que estão indicadas no endereço http://www.cnpq.br/bolsas/index.htm .

As propostas devem ser acompanhadas de arquivo contendo o projeto e encaminhadas ao CNPq exclusivamente via Internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online , disponível na Plataforma Carlos Chagas, até 20 de maio.

Por: Luciana Veneroso

FONTE: www.revistabiodiesel.com.br

USP terá estação experimental de agroenergia


USP terá estação experimental de agroenergia
Unidade dará espaço a pesquisas especialmente com cana-de-acúcar
O Governo do Estado de São Paulo anunciou a implantação da Estação Experimental de Agroenergia da Universidade de São Paulo (USP) em Jaú, região noroeste do Estado, que servirá de apoio a pesquisas nacionais e internacionais em bionergia.

Na estação, serão desenvolvidos trabalhos, aulas e estudos de campo, principalmente em experimentos com a cana-de-acúcar. Segundo a USP, trata-se do primeiro espaço voltado para ensino, pesquisa e extensão em bioenergia fora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).

A parte administrativa e as salas de aula da nova unidade de pesquisa serão instaladas em uma área da extinta Companhia Jahuense, doada à USP. Outro espaço de pesquisa, também em Jaú, será compartilhado pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento com a Esalq.

De acordo com o diretor da Esalq, Roque Dechen, as atividades em Jaú devem começar dentro de algumas semanas, após uma reunião de definições com a equipe da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), ligada à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento. Dechen afirmou ainda que Jaú terá um novo espaço para que os estudantes possam fazer residência agronômica no campo.

A previsão é que na nova unidade da USP em Jaú sejam instalados o Polo de Aplicação e Desenvolvimento de Tecnologias da Agroenergia e Biomassa e o Centro de Ensino e Treinamento em Agroenergia. Ali deverão ser realizados cursos de treinamento em agroenergia para pesquisadores e alunos de países da África, Caribe e da América Latina. Além disso, Jaú deve também concentrar uma nova área de agroenergia para o curso de agronomia da Esalq.




AGÊNCIA FAPESP
FONTE: www.canalrural.com.br

domingo, 4 de abril de 2010

EUA voltam a atacar etanol brasileiro

Gustavo Chacra - O Estado de S.Paulo
CORRESPONDENTE
NOVA YORK
Os produtores de etanol dos Estados Unidos, que usam o milho como matéria-prima, lançaram nova ofensiva para tentar barrar a entrada do etanol brasileiro, de cana-de-açúcar. Na semana passada, dois deputados da bancada ruralista, em Washington, apresentaram um projeto de lei para tentar prorrogar por mais cinco anos os subsídios aos plantadores de milho e as tarifas à importação de etanol.


A Associação da Indústria de Cana de Açúcar do Brasil (Unica) considera que essa é a principal batalha do ano para os produtores brasileiros de etanol.

Recentemente, os usineiros brasileiros conseguiram grande vitória nos EUA, com o reconhecimento, pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), de que o etanol produzido a partir da cana é um biocombustível avançado, que reduz em ao menos 40% a emissão de dióxido de carbono em relação à gasolina. A decisão da EPA abre as portas para o mercado americano - desde que o lobby dos produtores do etanol de milho não consiga manter ou elevar as barreiras hoje vigentes.

Subsídios. A atual legislação prevê dois tipos de benefícios aos produtores americanos. Um deles é o subsídio: para cada galão de gasolina com etanol, os produtores americanos de etanol ganham um crédito de US$ 0,45 para ser abatido em impostos. Outro benefício é a tarifa de importação, que impõe taxa de US$ 0, 54 por galão sobre o etanol brasileiro. Essa lei vigora até o fim do ano.

A ação bipartidária anunciada na semana passada pelos deputados democrata Earl Pomeroy e republicano John Shimikus visa a defender essa proteção aos produtores de milho americanos. Um projeto de lei similar e coordenado com a da Câmara deve ser apresentado no Senado nas próximas semanas.

Segundo os dois parlamentares, caso a atual legislação expire, 112 mil empregos podem ser perdidos e a produção de etanol será reduzida em 38%. "Em um momento em que a economia americana enfrenta problemas, não podemos permitir que esses incentivos fiscais expirem, minando o crescimento que temos visto na nossa indústria de etanol", disse Pomeroy. "A prorrogação dos créditos fiscais ajuda a indústria a contribuir com a segurança da nossa nação", acrescentou Shimkus.

A proposta foi imediatamente contestada por produtores do Brasil e pela indústria alimentícia dos EUA, que acaba pagando mais pelo milho que não é destinado ao etanol.

Reação. Joel Velasco, representante da Unica em Washington, divulgou comunicado afirmando que "os americanos não se beneficiarão dessa alternativa mais limpa e econômica se o Congresso continuar erguendo barreiras comerciais contra o etanol importado". "É irônico que o Congresso permita que o petróleo de nações hostis aos EUA entrem no país sem pagar tarifa, enquanto punem a energia limpa do Brasil, um antigo aliado democrático."

A American Meat Institute, que representa os produtores americanos de carne, também se manifestou. "Infelizmente, essa lei continua a apoiar e a proteger de forma desonesta o etanol do milho nos últimos 30 anos à custa do contribuinte americano e do gado e das aves que dependem do milho para alimentação", disse, em comunicado, o presidente da associação, Patrick Boyle. "Chegou a hora de a indústria do etanol parar de usar o dinheiro dos impostos americanos e a passar a competir por conta própria no livre mercado."

A Unica tem agido no Congresso americano para defender a posição dos produtores brasileiros. O argumento principal é o de que os incentivos fiscais custam US$ 6 bilhões aos cofres americanos por ano.

A tarefa será difícil, já que este é um ano eleitoral e produtores de milho influenciam os votos para deputados em muitos Estados. O presidente Barack Obama também sabe que sua virada na disputa presidencial ocorreu graças à sua vitória nas primárias em Iowa, um dos principais Estados produtores de milho.

Os produtores de milho usam até o relatório da EPA para seu lobby. Como a EPA avaliou que o etanol de cana é menos poluente que o de milho, os produtores americanos dizem que esse é mais um motivo para o governo os defender.

FONTE: www.estadao.com.br

sábado, 3 de abril de 2010

Como se monta um motor

Montagem de motor

Safra de cana deverá vir com maior renda




Safra de cana deverá vir com maior renda
01/04/2010
Folha de S. Paulo - São Paulo - SP

Expectativa é das indústrias do setor, que preveem moagem recorde de 596 milhões de toneladas

A nova safra de cana-de-açúcar deverá gerar o recorde de 596 milhões de toneladas na região centro-sul. Se confirmado, esse volume supera em 10% o da colheita que se encerrou.

Os dados são da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que prevê uma safra mais rentável para produtores e usinas neste ano. Na avaliação de Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da entidade, a demanda por álcool deve continuar firme e os preços não recuam tanto como em 2009.

O açúcar perdeu força e caiu no mercado internacional nas últimas semanas, mas na renovação de contratos deste ano as usinas conseguiram um patamar de preço bem melhor do que o de 2009, diz Padua.

A safra de 2010/11 mostrará, mais uma vez, aumento na participação do açúcar na moagem da cana, mas com evolução menor do que em 2009/10. Do total de cana a ser moído, 57% vão para álcool e 43% para açúcar.

Com isso, a produção de açúcar sobe 19%, para 34,1 milhões de toneladas, e a de álcool vai a 27,4 bilhões de litros -aumento de 16% em relação à anterior.

A safra atípica de 2009 não deve se repetir neste ano, mas um dos problemas será o envelhecimento do canavial, o que torna a safra menos produtiva.

Enquanto a cana de um ano e meio -que tem volume menor neste ano- rende 110 toneladas por hectare, a de quinto corte -que tem área maior- produz apenas 70 toneladas.

Mas o aumento da qualidade da cana e a entrada em operação de dez novas unidades industriais garantirão a elevação da produção, diz Rodrigues.

A produção de açúcar aumenta 5,5 milhões de toneladas nesta safra, enquanto as exportações sobem 3,3 milhões. A produção de álcool cresce 3,7 bilhões de litros, com exportações de 1,8 bilhão de litros.

O grande mercado do álcool é o interno, diz Padua. Em março de 2011, a frota de carros flex deve atingir quase a metade -49%- dos veículos em circulação no país. Com isso, as vendas médias mensais de álcool sobem para 2,1 bilhões de litros.

A renda de 2009/10 não agradou aos produtores. O Consecana mostrou o valor médio de R$ 46,40 por tonelada, ante custo de R$ 52, incluída a depreciação, diz Ismael Perina Júnior, presidente da Orplana.

FONTE: www.unica.com.br

Usina poderá comprar produto de outras e elevar estoques de etanol






A partir da safra 2010/11, os produtores brasileiros de etanol poderão comercializar sua produção entre si, de acordo com resolução da Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que deve contribuir para reduzir a volatilidade de preços do produto junto ao consumidor final.

De acordo com o diretor técnico da União da Indústria da cana-de-açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, esta medida vai permitir que empresas mais capitalizadas comprem o produto das empresas menores para armazenar para a entressafra. Desta forma, estas empresas maiores poderão evitar uma oferta expressiva de etanol durante a safra, fazendo com que os preços caiam para abaixo do custo de produção, e forte alta na entressafra. "Esta medida será mais eficaz que os programa de armazenagem do governo para equilibrar o mercado e reduzir a volatilidade", explica Pádua.

Em 2009, em função da crise de liquidez, muitas usinas acabaram desovando sua produção durante a safra, o que levou os preços do etanol a caírem para um nível abaixo do custo de produção durante cerca de 10 meses. Nos dois meses restantes, o etanol subiu de forma expressiva e tornou a gasolina mais competitiva no tanque dos carros flex. "Com esta possibilidade, iremos tirar o excesso de oferta durante a safra e garantiremos mais oferta de etanol durante a entressafra", afirma.

A medida da ANP equalizou uma diferença tributária entre compra e venda de etanol que havia entre produtores que inviabilizava este tipo de transação. Na mesma resolução da ANP, que versa sobre as agências comercializadoras, também consta item que permite que os produtores possam vender etanol em filiais fora das usinas.

Na prática, a medida permitirá que as usinas vendam etanol em lugares mais distantes. "Por exemplo, uma usina paulista poderá vender etanol no Rio Grande do Sul em uma filial a preços mais competitivos que se a negociação fosse realizada via uma distribuidora", disse.

Para o presidente da União da Indústria da cana-de-açúcar, Marcos Jank, estas duas medidas irão garantir maior estabilidade ao mercado. O executivo disse também que o governo deve divulgar, em breve, um novo programa de armazenamento de etanol, mais acessível ao produtor. "No ano passado, a linha anunciada pelo governo pedia garantias demais e não apresentava juros competitivos nem possíveis de serem pagos por conta da falta de crédito criada pela crise", disse. Segundo ele, ainda não há detalhes sobre o programa.

Padua, da União da Indústria da cana-de-açúcar, também citou a criação de um novo contrato futuro de etanol como instrumento importante para a consolidação de um mercado mais consolidado, sem estar concentração nas compras à vista, como acontece no momento. Segundo ele, o contrato deverá ser liquidado por um Indicador de Hidratado Diário, que o Cepea, da Esalq, começou a divulgar ontem.

Porém, Pádua confessa que o contrato futuro que será lançado pela BM&FBovespa entre maio e junho não atendeu aos pedidos do setor. "O contrato terá liquidação financeira e não contemplará entrega física. Acreditamos que a entrega física atrairia mais os consumidores de etanol para este mercado", disse.


31/03/10 - Eduardo Magossi
Fonte: Agência Estado
fonte: www.udop.com.br

Super safra de cana-de-açúcar deve derrubar preços dos combustiveis





Queda no preço dos combustíveis. Essa é a expectativa do mercado e de consumidores com o anúncio da maior safra de cana-de-açúcar desde 1991, ano em que a Única, entidade representante do setor sucroalcooleiro, começou a fazer o levantamento. A estimativa é de 595,8 milhões de toneladas no período 2010/2011, num aumento de 10% em relação à colheita anterior. Para o mercado doméstico, a oferta adicional será de 4,6 bilhões de litros de álcool, número que representa uma expansão de 22,1%. O açúcar, cuja produção poderá crescer 5,4 milhões de toneladas, também deve apresentar retração nos preços, mas em ritmo menor.

Segundo o diretor-técnico da Única, Antonio de Padua Rodrigues, o preço do álcool no país será definido pelo próprio mercado, em função da oferta e da procura. "Ele será formado pelo movimento diário desses elementos e dificilmente o consumidor sairá prejudicado", assegurou. O presidente da Única, Marcos Sawaya Jank, foi além. "O consumidor nunca foi punido. Nem mesmo no ano passado, quando houve um momento em que ele passou a usar muito mais gasolina do que etanol em função do preço. O carro flex possibilitou que o brasileiro não ficasse preso a um único produto. Só é preciso deixar que o mercado funcione sozinho para que os preços se equilibrem", argumentou.

A projeção de valores menores, tanto do açúcar quanto do álcool, se explica também porque neste ano, segundo os técnicos da Única, o crescimento da produção será bem mais expressivo que o das exportações. A sobra ficará no mercado interno. No caso do açúcar, as vendas externas devem ficar em 3,3 milhões de toneladas, o que produzirá um saldo de 2,1 milhões de toneladas, que permanecerão no país. O Brasil deve exportar 950 milhões de litros de etanol a menos, numa queda de 34,5%.


Victor Martins
Fonte: Correio Braziliense
FONTE: www.udop.com.br

Covênio alavanca parceria com usinas de açúcar e álcool

A Embrapa Transferência de Tecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento começa a delinear a forma como vai desenvolver ações relacionadas ao desenvolvimento de tecnologias agronômicas e industriais da cadeia produtiva de bioenergia de acordo com convênio de cooperação técnica e científica assinado entre a Embrapa e a Udop (União dos Produtores de Bioenergia) na quarta-feira ( 10 ) , durante a Feicana 2010, em Araçatuba (SP).

O convênio é resultado das articulações do Escritório de Negócios de Campinas, da Embrapa Transferência de Tecnologia, junto com a Assessoria de Relações Nacionais da Embrapa que, desde o ano passado, vem buscando uma aproximação com o setor produtivo da cana-de-açúcar através de suas representações, no caso a Udop e a Única (União da Indústria da Cana-de-açúcar).

Em setembro do ano passado, a Embrapa e a Udop promoveram o Seminário: “Cana-de-açúcar: perspectivas de integração com espécies oleaginosas”, uma iniciativa para promover o encontro entre usineiros, produtores e técnicos interessados em desenvolver o setor com a introdução de espécies oleaginosas em áreas de reforma do canavial.

Pedro Abel, pesquisador da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campinas, que participa desde o início das articulações com a Udop e várias usinas do oeste paulista do estado de São Paulo, explica que depois do seminário começaram a surgir tantas demandas de pesquisa e transferência de tecnologia por parte da Udop e seus associados que foi necessária a criação de um convênio.

Depois da assinatura deste convênio, já nos reunimos com a diretoria da Udop para levantar as demandas para a região e acertamos uma reunião com os gerentes agrícolas das usinas para apresentar algumas tecnologias da Embrapa como, por exemplo, o inoculante para cana-de-açúcar e cultivares de oleaginosas para rotação.

Em outro passo, mais adiante, a Embrapa vai discutir com a diretoria da Udop sua visão do setor sucroalcooleiro e depois disto montaremos uma agenda de desenvolvimento da pesquisa para a cultura, assim poderemos dar um foco no setor e não apenas ficar repassando tecnologias pontuais, explica Pedro Abel.

Convênio proporciona desenvolvimento no setor

Antonio César Salibe, presidente executivo da Udop, que representa uma média de 230 usinas de açúcar e álcool no país, lembra que existem várias instituições fazendo pesquisa no setor sucroalcooleiro, porém, no oeste do estado de São Paulo pouca coisa tem sido feita.

“É uma região jovem ainda no plantio da cana-de-açúcar, importamos tecnologia de outras regiões e adaptamos à nossa realidade, por isso pedimos este convênio com a Embrapa”. Com esta parceria, as usinas podem contar com a expertise da Embrapa no setor da agropecuária e da bioenergia, não só na área de melhoramento genético, mas, também na pesquisa de adubação, manejo e preparo de solo para a nossa região, diz Salibe.

Em contrapartida, estamos colocando à disposição da Embrapa, nossas unidades produtoras que podem servir de base para a pesquisa. Serão 70 estações experimentais em seis estados brasileiros à disposição da Embrapa.

Após a assinatura do convênio, com a presença da ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, o representante da presidência da Embrapa no evento, Celso Wainer Manzatto, chefe da Embrapa Meio Ambiente disse que esta é uma parceria que será benéfica tanto para a Embrapa como para a Udop.

“Para a Embrapa que ainda não tem uma forte atuação dentro da cadeia produtiva da cana-de-açúcar é uma oportunidade de direcionar pesquisas e projetos relacionados ao etanol” observou o representante da Embrapa. Para o setor sucroalcooleiro, conforme o presidente da Udop já afirmou, as pesquisas agronômicas da Embrapa serão importantes no desenvolvimento do setor principalmente no oeste paulista, última fronteira agrícola da região com maior produtividade de etanol do país, completou Celso Manzatto.

Dilma Rousseff em seu discurso, após a assinatura do convênio, disse que a parceria entre o governo, o setor privado e a academia científica são fundamentais para que o país cresça.

“Nós não seremos o país desenvolvido que queremos ser se não apostarmos na economia do conhecimento e ela está representada aqui por um dos centros de excelência mais respeitados do Brasil, que é a Embrapa”. Nós temos consciência de que para o nosso país avançar, o desenvolvimento da tecnologia é uma questão fundamental, finalizou a ministra.


FONTE: WWW.EMBRAPA.BR