terça-feira, 23 de março de 2010
AUMENTA O USO DE MAQUINAS NA COLHEITA DE CANA DE AÇÚCAR NA REGIÃO DE RIO PRETO
A safra da cana de açúcar já começou na região noroeste. E, este ano, o uso de máquinas na colheita deve ser maior. Com isso, o setor deve deixar de gerar cinco mil postos de trabalho. A solução para reduzir o desemprego é a qualificação profissional.
A cana-de-açúcar já é colhida de forma mecanizada e sem o uso do fogo em cerca de 56% dos pouco mais de quatro milhões de hectares cultivados em São Paulo.
O uso da tecnologia ajuda o estado a evitar emissões de gases poluentes, causadores do efeito estufa; e a reduzir os fatores de degradação do solo e o consumo de água.
O protocolo agroambiental, assinado entre o governo do estado de São Paulo e as indústrias de produção de açúcar e álcool em 2007, estabelece datas para o fim da queima da cana de açúcar durante a colheita: até 2014 nas grandes propriedades e 2017 nas pequenas.
Isto é possível com a mecanização, que gera desemprego para os trabalhadores rurais. Por causa disso, o protocolo também defende a necessidade das empresas investirem na requalificação da mão de obra.
Na última safra, 65% da produção de uma usina de Olímpia foi colhida pelas máquinas colheitadeiras. Este ano, além das máquinas, 4.200 cortadores de cana serão contratados. Mas, a tendência é que este número diminua a cada ano.
A empresa investe na qualificação dos funcionários oferecendo cursos aos cortadores para aproveitá-los em outras funções. Foi o curso de manutenção industrial que mudou a vida do piauiense Antônio Cassiano de Oliveira. Ele deixou a vida de migrante, ganha mais e agora mora na cidade que lhe oferece estabilidade.
A federação dos empregados rurais do estado calcula que, este ano, serão cinco mil postos de trabalho a menos por causa da mecanização. Segundo a presidente, o desemprego é inevitável, por isso, os trabalhadores devem se qualificar.
Fonte: TV Tem
FONTE: www.revistacanavieiros.com.br
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