O LIVREIRO

domingo, 21 de fevereiro de 2010

NOTICIAS

FONTE: www.abimaq.org.br

»DESTAQUES
TRINTA FABRICANTES DE MÁQUINAS INTEGRAM POOL PARA IMPORTAR AÇO




Cresce o número de fabricantes de máquinas e equipamentos interessados em importar aço da China ou de outros mercados como alternativa para baratear o custo de produção e tornar o produto brasileiro mais competitivo.
Desde a semana passada, quando anunciou a formação de um pool de empresas para trazer o produto do exterior, a Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), tem recebido diariamente um número crescente de consultas de associados, de fabricantes de outros tipos de máquinas e até mesmo de empresas não associadas à entidade interessadas em participar do grupo.
"Ficamos surpresos com tamanha reação", diz o presidente da CSMIA, Celso Casale. "Mas é um sinal de que não podemos continuar reféns das siderúrgicas nacionais."
O aço é o principal componente usado na fabricação de máquinas e equipamentos. Sem contar o segmento de tratores e colheitadeiras, o setor de máquinas e implementos agrícolas usa em torno de 60 mil toneladas de aço por mês.
Os empresários se queixam que o aço brasileiro é muito mais caro que em outros mercados como Europa, China e Estados Unidos. De acordo com Casale, é possível encontrar lá fora chapas de aço, com qualidade semelhante à do produto nacional, até 50% mais baratas. Mesmo incluindo custos com transporte, impostos e demais despesas com importação, o insumo chegaria ao País com valor 20% inferior ao do aço produzido aqui.
Até a semana passada, 30 empresas já haviam se cadastrado para fazer parte do pool. Numa primeira leva, a previsão é trazer 50 mil toneladas de aço da China, Rússia ou Índia para o País, ou em quantidade suficiente para quatro meses de produção das empresas do grupo.
A lista deve crescer na próxima semana, quando os novos interessados deverão confirmar a adesão ao grupo, informa o presidente da câmara setorial.
É a primeira vez que um grupo de empresas de um determinado setor resolve enfrentar o setor siderúrgico. Os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas resolveram se unir para importar o insumo depois de várias tentativas frustradas de conseguir descontos para a compra do aço no País. É uma queda de braço antiga, que tem favorecido as siderúrgicas.
Em junho do ano passado, por exemplo, o governo aumentou de zero para até 14% a alíquota do Imposto de Importação do aço, medida que agradou às usinas. "Não há nenhuma justificativa para o aço ser mais barato no exterior que no Brasil, já que somos o maior produtor de minério de ferro do mundo", afirma Casale.
Fabricantes de escavadeiras, niveladoras e caminhões fora de série também pretendem importar aço. Segundo Antonio Carlos Bonassi, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias, a medida está em estudo no setor.

Fonte: O Estado de S. Paulo- Agência Estado – Último Segundo

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CRESCE A PROCURA POR AÇO IMPORTADO PARA REDUZIR OS CUSTOS DA INDÚSTRIA




Depois dos fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, mais um segmento confirmou na quinta-feira o interesse em importar aço em larga escala. O assunto será discutido no começo de março em reunião da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias, integrada por 29 empresas ligadas à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A primeira proposta é que o produto seja comprado da China.
- Queremos reduzir os nosso custos - afirmou o presidente da câmara, Antonio Carlos Bonassi.
A indústria nacional reclama dos preços cobrados no mercado interno, e diz que as siderúrgicas tendem a reajustar suas tabelas para recuperar as margens perdidas com a crise do ano passado. Nesse cenário, a importação é vista como opção para redução de despesas.
Na semana passada, a Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, também da Abimaq, anunciou a formação de um pool para importar cerca de 50 mil toneladas de aço. De um total de 175 integrantes, pelo menos 30 já manifestaram a intenção em integrar o pool.
- Recebemos a oferta de uma trading para trazer o produto da China. A estimativa é de um ganho de 20%, já depois de descontar o imposto de importação (de 14%) - disse o presidente da Câmara, Celso Casale.
Segundo ele, a intenção é que um primeiro pedido seja formalizado em até dez dias, para garantir a entrega do produto entre junho e julho.
- Temos também oferta de compra (do aço) da Rússia e da Índia - afirmou ele.
Para o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Jorge Loureiro, a iniciativa tende a ser inócua do ponto de vista econômico.
- Essa vantagem financeira era verdadeira há dois ou três meses, não hoje. O dólar se valorizou frente ao real e o preço do produto lá fora também já é maior.
Depois de chegar a 30% entre agosto e setembro do ano passado, Loureiro disse que o preço do aço importado é hoje só 5% inferior ao do nacional.

Fonte: Jornal O Globo

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EMPRESAS RECONTRATAM NOS ESTADOS DO SUL




O ano começou com forte recuperação do emprego industrial em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. No ano passado, a indústria catarinense criou apenas 2,3 mil novos empregos no ano, enquanto a gaúcha cortou 1,7 mil empregos. Em janeiro, o saldo de novos empregos industriais superou a média nacional - alta de 1,05% e 1,2%, respectivamente - e na soma dos dois Estados, 14 mil operários recuperaram o emprego.
O setor metal-mecânico foi o maior responsável pela recuperação do emprego industrial em Santa Catarina. No Norte catarinense, as empresas sobrecarregaram as agências de seleção de recursos humanos atrás de candidatos. A RH Brasil, com escritório em Joinville, fez cerca de 850 contratações em janeiro, grande parte para vagas operacionais na indústria. Para dar conta, a empresa trabalha com horário estendido e tem feito plantão constante nos fins de semana. No Carnaval, as portas permaneceram abertas e foram atendidas cerca de 400 pessoas.
Em Jaraguá do Sul, a multinacional Weg mantém 600 vagas em aberto, apesar de ter contratado 662 profissionais desde que o ano começou. Com uma média de 90 contratações por semana, a fabricante de motores elétricos já encontra dificuldades para preencher as vagas nas unidades de Jaraguá e Guaramirim. São cerca de 15 mil trabalhadores na região. Em todo o mundo, a Weg tem cerca de 22 mil funcionários diretos.
O Sindicato Patronal das Indústrias Mecânicas de Joinville e Região (Sindimec) atesta a recuperação nos níveis de emprego no setor. "Há procura de mão de obra no mercado. As empresas estão fazendo uma recontratação", diz Adejalmas Ghighi, diretor-financeiro do Sindimec. De acordo com ele, a retomada reflete a recuperação da economia no Brasil e no exterior, embora haja cautela por parte das indústrias para que não se forme uma bolha de aquecimento econômico.
A fundição Tupy também está ampliando o quadro de funcionários na unidade de Joinville. Em janeiro, foram 162 contratados e até o fim de fevereiro, outros 198 trabalhadores devem assinar contrato com a empresa. A fabricante de blocos de motores sentiu os efeitos da crise internacional na exportação. Desde outubro de 2009, com a retomada da demanda externa, as vendas para o exterior começaram a se recuperar. Em janeiro, a Tupy exportou US$ 20,1 milhões a partir de Santa Catarina, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O resultado foi 107% superior ao mês de janeiro de 2010. Cerca de 80% das contratações são direcionadas para as unidades que produzem blocos de motor, o principal produto de exportação da empresa.
No Rio Grande do Sul, os segmentos industriais com maior geração de empregos formais em janeiro foram o calçadista e o metal-mecânico, beneficiados principalmente pelo crescimento da demanda interna. No caso das fábricas de calçados, o mês passado encerrou com aumento líquido de 2,7 mil vagas. Já as indústrias metalúrgicas e mecânicas gaúchas, que juntas haviam fechado quase 3,1 mil postos no acumulado de 2009, tiveram agora um resultado positivo no mês de quase 2,1 mil empregos entre contratações e demissões.
No início de fevereiro, o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, disse que a recuperação do nível de emprego no setor deve-se em grande parte à tarifa antidumping de US$ 12,47 por par de calçado importado da China, implantada em setembro do ano passado. Segundo a entidade, os produtos asiáticos estavam tomando espaço das empresas nacionais, mas a situação mudou depois da adoção da sobretaxa.
No acumulado de 12 meses até janeiro, as calçadistas gaúchas ainda ostentam um saldo negativo de quase 2,2 mil empregos, mas o número representa a metade das 4,3 mil vagas fechadas ao longo de 2009. E, segundo os empresários do setor, a tendência é de mais contratações nos próximos meses. A Dalponte, de calçados esportivos já anunciou que vai empregar 400 pessoas de fevereiro a junho devido à reativação da fábrica de Veranópolis, paralisada desde o início do ano passado.
Para as empresas metal-mecânicas, principalmente no segmento de bens de capital, o grande impulso para a retomada do emprego veio com a linha Finame PSI, do BNDES, com juros de 4,5% e 7% ao ano, fixos, para o financiamento de máquinas, equipamentos e veículos. Lançado no segundo semestre de 2009, o programa venceria em dezembro e antes de ser prorrogado para junho deste ano levou à antecipação de encomendas no setor, explicou o diretor da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) no Rio Grande do Sul, Mathias Elter.
"O PSI tirou o segmento da inércia", afirmou o empresário. Segundo ele, o nível de emprego nos fabricantes de bens de capital no Estado chegou ao "fundo do poço" de janeiro a maio do ano passado e começou a melhorar a partir de então. Agora, além da linha especial do Finame, as indústrias contam com o crescimento mais acelerado da economia brasileira para sustentar a geração de postos de trabalho nos próximos meses, comentou Elter.

Fonte: Valor Econômico

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MP MUDA E SCHULZ RETOMA PROJETO




O Ministério de Minas e Energia (MME) informou ontem à noite ao Valor que o governo decidiu rever o texto da Medida Provisória (MP) nº 472, de 15 de dezembro, que concede isenção de tributos federais para a compra, doméstica ou externa, de bens destinados a projetos de refino de petróleo, petroquímicos e de produção de fertilizantes (ureia e amônia) a partir de gás natural. A mudança excluirá a isenção de Imposto de Importação (II) para bens importados que tenham similares nacionais. A informação foi dada pelo secretário de Petróleo e Gás do MME, Marco Antonio Martins Almeida, por intermédio da assessoria de imprensa.
A decisão do governo atende a um clamor que se formou entre as empresas instaladas no Brasil desde o dia 16 de dezembro, quando a MP foi publicada no Diário Oficial da União. A Schulz Brasil, fabricante de tubos e conexões de aço de capital alemão, já decidira suspender a construção de sua quarta fábrica no país, um investimento de US$ 100 milhões. Segundo Marcelo Bueno, presidente da empresa, a Schulz já estava até estudando outras proposta de localização, especialmente no Estado americano do Mississipi.
Com a mudança de posição do governo, o executivo disse que ficam criadas as condições para que o grupo Schulz decida retomar o projeto original, no Brasil. A Schulz possui duas fábricas, uma de tubos e outra de conexões, localizadas no município de Campos dos Goytacazes (norte do Estado do Rio de Janeiro). Uma terceira, especial para tubos de uso submarino, está em construção. A quarta unidade, que teve a implantação suspensa, é destina à produção de tubos sem costura e bimetálicos.
A retirada da isenção de II para bens com similar nacional havia sido proposta ao governo pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq) e fazia parte das mais de 90 emendas apresentadas ao texto original da MP. Segundo o 1º vice-presidente da entidade, José Velloso, o texto da MP como está redigido representa um retrocesso em relação ao propósito do governo de estimular o aumento dos índices de nacionalização da indústria do petróleo, propósito cuja expressão prática é o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).
Segundo Velloso, a isenção de II iria quebrar "um paradigma de mais de 60 anos no Brasil". A Abimaq já havia obtido a adesão de 15 entidades representativas do empresário nacional ao seu esforço para modificar a MP. Com base nesse apoio, a entidade havia solicitado uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Velloso acrescentou que as expectativas do empresariado doméstico cresceram quando, em reunião realizada no dia 10 deste mês, no Rio de Janeiro, o secretário Marco Antonio Almeida disse que o governo percebeu o erro cometido e prometeu que a falha seria reparada. Até a tarde de ontem, quando falou com a reportagem do Valor, o empresário ainda aguardava uma confirmação da promessa.
A MP 472 trata de vários assuntos, começando pela criação do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Repenec). A medida isenta de PIS/Pasep, Cofins e IPI os componentes para unidades de refino, petroquímicas e de fertilizantes a partir de gás natural comprados na indústria nacional. Para importação, a isenção inclui também o II, principal razão dos protestos da indústria doméstica que entende ser impossível competir com os fabricantes chineses nessas condições.
Está em jogo o fornecimento de peças e componentes para obras já iniciadas ou anunciadas, com investimentos próximos a US$ 40 bilhões, incluindo as refinarias "premium" do Maranhão; do Ceará; a refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco; e o polo petroquímico de Suape (PE), todos da Petrobras, em parcerias ou não.

Fonte: Valor Econômico

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HIDROELÉTRICAS AQUECEM MERCADO DE TURBINAS




As empresas especializadas na fabricação de máquinas e equipamentos voltados às hidroelétricas veem surgir um novo ciclo de aquecimento na demanda, com o desenrolar de algumas licitações nos próximos meses. De olho em contratos que podem surgir a partir destas concorrências, a exemplo das futuras usinas de Belo Monte (PA) e do Rio Teles Pires (MT), corporações como Alstom e Siemens, se dizem preparadas para novos trabalhos, incluindo projetos mais modestos.
"Nós não só estávamos nos preparando para demanda doméstica, como também para a exportação", comentou com o DCI, Newton Duarte, diretor-geral da Siemens Energy. O executivo disse que a companhia mantém hoje farta capacidade instalada no Brasil, e que, nos últimos meses, ampliou algumas plantas fabris e fez outros aportes para incrementar a capacidade. A intenção é manter um equilíbrio entre o mercado interno e ao exterior.
Duarte contou que em 2009, foram fechados dois grandes contratos para fornecer equipamentos para as usinas de Santo Antônio e Jirau, com trabalhos previstos para até 2014. Com isso, está sendo utilizada entre 75% e 80% da capacidade instalada. "Mas nós temos todo um esquema onde podem ser abertos novos turnos, entre outras ações para otimizar a produção", garantiu.
Entre os projetos que a empresa aguarda, está a definição de Belo Monte, bem como há a expectativa de outros leilões previstos segundo semestre, envolvendo pequenas e médias usinas.
O setor de energia da Siemens (a empresa também atua na área de transportes), fabrica transformadores de diversos tipos, painéis de proteção e controle, correntes alternadas e contínuas, disjuntores, equipamentos de subestações, entre outros produtos para as hidrelétricas. Dentro do grupo a atuação na área energética deu origem a uma joint venture com a Voith para a fabricação de turbinas e geradores.
Hoje, no Brasil, o Setor Energy participa de 60% da base instalada de usinas de co-geração industrial, 40% das termoelétricas e 50% de hidroelétricas. Além disso, 30% das linhas de transmissão e distribuição, contêm produtos fornecidos pela Siemens.
Preparo
Outra empresa que se prepara demanda do setor de energia é a Alstom Brasil. "O ano de 2009 foi mais tranquilo, mas agora estamos prevendo um novo volume de projetos que vão entrar no mercado", analisou Marcos Costa, vice-presidente do setor Power da Alstom Brasil.
O executivo contou que a empresa encontra-se com uma alta ocupação nas fábricas. "Temos em execução três projetos voltados a pequenas centrais hidrelétricas, outros três de porte médio e dois grandes em fase final de execução", disse, nos dois últimos, se referindo aos projetos de Estreito e Foz do Chapecó. Também entrará no auge de produção, o fornecimento de itens para Santo Antonio e Jirau. Ao todo, os contratos vão até aproximadamente os anos de 2011 e 2012.
Por conta da aquecida demanda, a Alstom fez investimentos adicionais em sua planta industrial na cidade de Taubaté, no interior paulista, onde são fabricados equipamentos, turbinas e geradores para hidroelétricas.
O grupo também abre neste trimestre, uma fábrica na região de Porto Belo (RO), resultado de uma joint venture com a Bardella . "Esta unidade começa operando com a produção 100% voltada para os hidromecanismos de Santo Antonio", disse o executivo da Alstom, ao incluir que a nova planta possibilitará atender os volumes entrarão.
Em relação ao leilão de Belo Monte, que ao que tudo indica, será o próximo, o executivo contou ser um dos alvos da companhia. "Este será um dos principais e vamos apresentar propostas para os diversos concorrentes", disse ao concluir que a partir de 2010, a promessa é de que entrem volumes importantes - boa parte dependendo ainda de licenças ambientais.
A Alstom contabiliza mais de 35% do market share em geração de energia e calcula participar de pelo menos 50% da capacidade instalada do País nas hidrelétricas. Hoje a empresa tem cerca de 60% dos negócios voltados ao setor de energia, sendo que o restante está focado na área de transporte sobre trilhos.
Incentivo
A indústria de bens de capital poderá ter ainda um incentivo extra para os negócios este ano. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já enviou ao Ministério da Fazenda e ao Tesouro as justificativas para elevar os recursos - um reforço entre R$30 bilhões e R$40 bilhões - disponíveis no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) - iniciativa criada em julho de 2009 para subsidiar a compra de bens de capital por conta da crise econômica.
Previsto para terminar no ano passado, o plano foi estendido até junho deste ano, mas já haveria uma movimentação no governo para mantê-lo até dezembro. Na prática, o banco de fomento reduziu à metade os juros cobrados nas aquisições e vendas para outros países.
Em 2009, foi aprovado um total de R$ 37 bilhões neste formato, sendo R$ 28 bilhões para bens de capital. "A desoneração dos investimentos e outros incentivos devem ser concedidos à indústria", cobrou no começo do mês, Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que tem marcada para hoje uma reunião com o BNDES para tratar do assunto.
A indústria de bens de capital deverá ter um incentivo extra para os negócios este ano. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já enviou ao Ministério da Fazenda e ao Tesouro carta com as justificativas para além de manter o benefício, também elevar os recursos disponíveis no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para algo em torno de R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. A iniciativa foi criada em julho para subsidiar a compra de bens de capital por causa da crise econômica.
"A desoneração dos investimentos e outros incentivos devem ser concedidos à indústria", cobrou no começo do mês, Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que tem marcada para hoje uma reunião com o BNDES para discutir o assunto. Previsto para terminar no ano passado, o plano foi estendido até o mês de junho, mas já há uma movimentação no governo para mantê-lo até dezembro.
Na prática, o banco de fomento reduziu à metade os juros cobrados nas aquisições e vendas para outros países.
No ano passado, foi aprovado um total de R$ 37 bilhões neste formato, sendo R$ 28 bilhões para bens de capital.
Enquanto isso, as empresas especializadas na fabricação de máquinas e equipamentos voltados ao setor energético - principalmente às hidroelétricas - veem surgir um novo ciclo de aquecimento na demanda, com o desenrolar de licitações nos próximos meses, a exemplo das usinas de Belo Monte (PA) e do Rio Teles Pires (MT).
Segundo Newton Duarte, diretor-geral da Siemens Energy, a companhia ampliou algumas plantas e fez outros aportes para incrementar a capacidade, pois em 2009 foram fechados dois grandes contratos para fornecer equipamentos para as usinas de Santo Antônio e Jirau, com trabalhos previstos para até 2014. Com isso, está sendo utilizada entre 75% e 80% da capacidade instalada. "Mas temos um esquema onde podem ser abertos novos turnos, entre outras ações para otimizar a produção", garantiu.
A Alstom Brasil também se diz preparada. "O ano de 2009 foi mais tranquilo, mas agora estamos prevendo um novo volume de projetos que vão entrar no mercado", analisou Marcos Costa, vice-presidente do setor Power da Alstom Brasil.

Fonte: Valor Econômico

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»INDÚSTRIA
INDÚSTRIA ABRE 69 MIL VAGAS EM JANEIRO




Do saldo de 181,4 mil empregos com carteira assinada criados no mês passado, a indústria de transformação respondeu por mais de um terço, num total de 68,9 mil postos de trabalho. Esse valor é semelhante ao verificado nos meses de agosto e outubro do ano passado, período em que as fábricas contratam mais para se preparar para as festas de fim de ano. Para analistas, a expressiva contratação de janeiro é um sinal de que a indústria está se preparando para aumentar a produção nos próximos meses e recompor as vagas fechadas durante a crise.
Mesmo com o saldo de 10 mil contratações em 2009 e as vagas abertas em janeiro passado, a indústria ainda acumulada um saldo negativo de 265 mil empregos em relação ao total de trabalhadores empregados em setembro de 2008. Especialistas em emprego e empresários são unânimes em afirmar que é o mercado doméstico que puxa a recuperação "generalizada e homogênea" das fábricas desde meados de 2009. O movimento deste início de ano, captado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem, indica que a recuperação pode ser mais rápida do que se previa.
"A indústria já queimou os estoques acumulados antes das turbulências econômicas mundiais e, para formar novos estoques, tendo em vista o forte crescimento da atividade neste ano, é preciso aumentar o número de funcionários", diz Fernando Puga, chefe do departamento de pesquisa econômica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Puga, setores como siderurgia e montadoras foram "surpreendidos", ao longo de 2008, pela dinâmica do mercado interno. "Muitos alto-fornos de siderúrgicas e linhas de montagem das montadoras", diz Puga, "tiveram de ser reativados, e, consequentemente, muito pessoal demitido passou a ser recontratado".
Para o economista do BNDES, uma das principais fomentadoras desta recuperação tem sido a construção civil, que manteve ritmo acelerado de contratações - em janeiro, foi o segundo setor que mais contratou, com saldo de 54,3 mil empregos. "Construção civil demanda aço, o que intensifica o trabalho das siderúrgicas, já puxado pela produção de automóveis, que também demanda produtos químicos. Ao mesmo tempo, as construtoras consomem plásticos, cimento, azulejo, setores intensivos em mão de obra. Isso gera um efeito em cadeia", afirma.
Para Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a alta de janeiro ilustra o ritmo "robusto" que se estenderá por todo o ano. "Há muito tempo não tínhamos essa perspectiva de continuidade, quer dizer, de que o cenário futuro é ainda melhor que o presente", diz. Para Simão, porém, a mão de obra pode ser um gargalo ao crescimento. "Isso já está ocorrendo, mas pontualmente, em vagas mais especializadas, como engenheiro e mestre de obras. Precisamos investir num modelo mais avançado tecnologicamente, que demande menos mão de obra."
Os números do emprego formal em janeiro também mostram mudanças regionais ocorrendo no mercado de trabalho. Segundo Sérgio Mendonça, supervisor técnico das pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os Estados que mais contratavam no período pré-crise, São Paulo e Minas, estão retomando a liderança. "Eles eram os que mais cresciam e no período recessivo foram os que mais demitiram e cortaram vagas. Hoje, estão impulsionando o emprego de novo", diz. Segundo o Caged, foram justamente São Paulo e Minas as regiões que mais absorveram mão de obra em janeiro - 51,1 mil e 20,5 mil, respectivamente. Ao mesmo tempo, suas capitais figuraram entre as três onde o nível de emprego mais cresceu - 30,7 mil novas vagas em São Paulo e 8,7 mi em Belo Horizonte.
No Estado de São Paulo, a variação do emprego da indústria em janeiro foi de 1,14% sobre dezembro, um saldo de 29,9 mil vagas. O resultado representa mais da metade de todo o emprego gerado no Estado no mês. O setor que mais contratou foi mecânica, com um saldo de 5,5 mil vagas, crescimento de 2,27% sobre dezembro. Ainda assim, o resultado em 12 meses é negativo, com uma diferença de 7 mil vagas entre demissões e admissões. O resultado positivo do último mês reflete a retomada recente de bens de capitais, movimento impulsionado pelos investimentos da indústria.
Para Paulo Francini, diretor de estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), há uma "conjunção positiva" na retomada do emprego nos setores de mecânica e metalurgia. Foram setores que sofreram com a degradação do comércio exterior e recuperam produção baseados no consumo doméstico. "A demanda interna, amparada na contínua elevação da renda e do crédito, inspira o aparelhamento industrial. É exatamente isto o que está acontecendo agora, no Estado e no país". Para ele, a alta do emprego é "homogênea", porque se espalha em diferentes setores, como calçados e metalurgia.
As contratações da indústria calçadista já refletem as expectativas de crescimento da produção para 2010, segundo José Carlos do Couto, presidente do Sindicato da Indústria Calçadista de Franca (Sindifranca). No município, polo paulista do produto, os empresários projetam um aumento da produção de 7% sobre 2008. O saldo de vagas na indústria de transformação na cidade ficou em 1,9 mil em janeiro. No Estado, o setor de calçados contratou 3,2 mil mais pessoas do que demitiu, e no país, o saldo ficou em 7,7 mil vagas.
Couto acredita que, no segundo trimestre deste ano, já será possível chegar aos níveis de produção de 2008 (28,7 milhões de pares) em Franca e, até o fim do ano, a indústria espera produzir 30 milhões de pares. "O mercado interno está puxando a produção, e é com ele que estamos contando nas nossas projeções". Couto explica que o resultado apontado pelo Caged é positivo, pois o mês de janeiro costuma ser fraco nas contratações. "Daqui para frente só tende a melhorar", diz. A abertura de vagas deve se fortalecer a partir de março.
Outro segmento que contratou em janeiro foi material de transportes, que reúne montadoras e fabricantes de peças. Segundo o Caged, o setor gerou 5,9 mil vagas no país em janeiro. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) o setor empregava, em janeiro passado, 126, 2 mil pessoas, 1,8 mil a mais que em dezembro.

Fonte: Valor Econômico

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»COMÉRCIO INTERNACIONAL
QUASE 17 MIL EMPRESAS JÁ IMPORTAM DA CHINA




O avanço da China no fornecimento de produtos diversos ao Brasil fez triplicar o número de grandes importadores do país asiático. Em 2005, apenas 12 empresas compravam mais de US$ 50 milhões dos chineses. No ano passado, a quantidade de compradores nessa faixa de valor subiu para 41 empresas. O perfil de quem mais importa da China também traz novidades. O topo da lista continua dominado pelas empresas de eletroeletrônicos e informática, mas começam a despontar como grandes clientes dos chineses as varejistas brasileiras.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), na faixa entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões, o volume de empresas que importam da China também triplicou - de 73 para 226. Além de aumentarem o valor comprado no país asiático, mais empresas passaram a se abastecer por lá. No total, 16,8 mil empresas compraram produtos chineses em 2009 - 135% mais em apenas quatro anos. No conjunto, o total de importadores cresceu 50% e passou de 22,6 mil empresas em 2005 para 34 mil no ano passado.
O aumento do número de grandes importadores da China é um reflexo da maior participação daquele país nas importações totais do Brasil. Em 2005, os chineses vendiam 7,3% do valor total importado pelos brasileiros. Hoje, essa fatia é de 12,5%. No mesmo período, a participação dos Estados Unidos caiu de 17,2% para 15,7%.
A elevação veio acompanhada de uma diversificação das empresas que aumentaram as compras feitas na China. Em 2005, as 12 empresas que mais compravam naquele país se dividiam entre tradings, fabricantes de eletroeletrônicos e siderúrgicas. As indústrias de tecnologia dominavam a lista, com oito fabricantes.
Em 2009, a lista das que importam mais de US$ 50 milhões da China ainda contava com boa participação das tradings e indústrias de tecnologia. Foram seis empresas especializadas em importação e exportação e 26 companhias de eletroeletrônicos, telecomunicações e informática. Com forte corte na produção em 2009, as siderúrgicas reduziram a importação de insumos chineses, principalmente carvão, e acabaram saindo dessa faixa de valor no ano passado. Elas deram lugar para empresas de outras áreas, como grupos varejistas, indústrias têxteis e empresas do setor químico.
A ST Importações, por exemplo, é a importadora controlada da varejista Lojas Americanas, ao lado da B2W Companhia Global do Varejo, que reúne os sites Americanas, Submarino e Shoptime. A ST comprava da China entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões em 2005 e no ano passado ficou entre as que desembarcaram mais de US$ 50 milhões.
Outros grandes varejistas, como Carrefour, Companhia Brasileira de Distribuição - das marcas Pão de Açúcar e Extra - e Lojas Riachuelo, não chegaram a comprar mais de US$ 50 milhões, mas aumentaram o valor comprado dos chineses, segundo dados do MDIC. Em 2005 essas redes importavam da China entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões. No ano passado ficaram na faixa das empresas que trouxeram entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões daquele país asiático.
Ao mesmo tempo em que aumentaram o valor comprado dos chineses, algumas empresas também entraram na lista das 250 maiores importadoras do país. É o caso da fabricante de tecidos Adar e da trading Stile. Em 2009 as duas empresas se abasteceram em mais de US$ 50 milhões em produtos da China e também passaram a integrar a lista dos maiores importadores do país. Levando em conta todas as origens, a Adar comprou um total de US$ 100,58 milhões de fios e tecidos, e a Stile, US$ 84,4 milhões em mercadorias.
A paranaense Positivo Informática também ficou em 2009 entre as que importaram mais de US$ 50 milhões dos chineses. Em 2005, ela já estava entre as 250 maiores importadoras brasileiras, em 119 º lugar, com compras totais de US$ 73,37 milhões. No ano passado saltou para 51ª posição, com importação total de US$ 336,7 milhões.
José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), acredita que o número de grandes importadores da China cresceu no período em que a taxa cambial favoreceu as compras do exterior. "O dólar baixou a partir de 2005 e tornou mais atraente as importações, que ficaram mais baratas em real", diz Castro. "Ao mesmo tempo, o crescimento interno nos últimos anos elevou a demanda e os chineses aproveitaram a oportunidade."
Mesmo no ano passado, lembra Castro, em que a crise financeira bateu na economia real brasileira, a demanda interna continuou alta. Como evidência do aquecimento do mercado nacional, diz, o valor total importado em bens de consumo em 2009 caiu menos do que o de bens de capital e de intermediários na comparação com 2008.
Em relação à China não foi diferente. Enquanto o total das compras de produtos chineses desembarcados no Brasil caiu 20,6%, o de bens de consumo não duráveis recuou 4,36%, e os bens de consumo duráveis chegaram a apresentar pequena elevação de 1,64%. Os dados são da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). O aumento na importação de bens de consumo duráveis ajuda a explicar o aumento nos valores importados pelos varejistas, além da própria importação de itens de maior valor agregado.
A compra de produtos de maior valor agregado, porém, não se restringe aos bens de consumo. A Adar, que tem fábrica em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, importa seus principais insumos da Ásia. Cerca de 80% deles vêm da China. Em 2005, a indústria têxtil comprava entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões em fios e tecidos chineses. No ano passado, a empresa passou para a lista das que desembarcam acima de US$ 50 milhões por ano de produtos "made in China".
Marcelo Camarozano, gestor administrativo da empresa, diz que a mudança de faixa de valor ocorreu porque a fabricante de tecidos vem aumentando o volume de importação a cada ano em função da própria elevação de produção, principalmente para o mercado interno. A empresa conseguiu terminar o ano passado com a mesma receita de vendas de 2008, mas aumentou em 10% o volume de importações da China. Segundo Camarozano, os desembarques também aumentaram em valor porque a empresa trouxe insumos de maior valor agregado. "Houve uma mudança de 20% no mix de importações da China, com mais tecidos diferenciados, de gramatura mais alta ou com acabamento refinado, que tiveram preços mais altos", conta.
Para 2010, a expectativa é que as importações continuem aumentando. A China ainda deve continuar a ser o principal fornecedor da Adar nos próximos anos. A alteração de 20% no mix de insumos deve ser mantido e, além disso, a empresa planeja aumentar o volume de produção interna de 500 toneladas mensais de malhas em 2009 para 600 toneladas/mês até o fim de 2010. "Estamos trabalhando com ganho de escala e produtos de maior valor agregado, seguindo tendências da moda." Camarozano explica que Taiwan e Índia começam a despontar como fornecedores, mas ainda não oferecem a mesma variedade e volume oferecidos pela China.
A mudança de nível de valor importado também está relacionada ao ganho de qualidade do produto chinês, diz o gestor. "No começo havia muitos lotes com defeito, que vendíamos a empresas que aceitavam esse tipo de produto. Agora isso é muito raro."

Fonte: Valor Econômico

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FED ELEVA TAXA DE JURO COBRADA DE BANCOS




O banco central dos EUA (Federal Reserve, o Fed) deu mais um passo ontem na sua estratégia de retirar a ajuda emergencial ao sistema financeiro, anunciando o aumento na taxa de redesconto, que é a linha de empréstimo emergencial aos bancos comerciais.
A taxa foi elevada em 0,25 ponto percentual, para 0,75%, e ainda está distante dos níveis pré-crise. A redução dessa taxa foi uma das principais medidas do Fed para aumentar a liquidez no sistema financeiro, ainda em agosto de 2007. Naquela época, a taxa estava em 6,25%. O último aumento dessa taxa havia ocorrido em 2006.
Ao anunciar a medida, o BC americano disse que a medida não significa um aperto no crédito, mas que pretende incentivar as instituições a recorrer a outras linhas de financiamento que não a emergencial.
"Não se espera que as modificações levem a um aperto nas condições financeiras para as famílias e as empresas, e elas não sinalizam qualquer mudança no cenário para a economia ou para a política monetária", afirmou o Fed.
Além disso, o BC disse que o prazo para o pagamento desses empréstimos voltará a ser de um dia para o outro, e não mais 30 dias -como ele determinou também em agosto de 2007.
Esses passos do Fed são vistos como um processo para a retomada do aumento dos juros básicos, que há mais de um ano estão no menor nível histórico (entre zero e 0,25%). Nas últimas semanas, o Fed anunciou o fechamento e a redução de valor emprestado de alguns dos programas criados na crise para não deixar o crédito secar.
"Como nós prevíamos, o uso de muitos instrumentos de financiamento caiu expressivamente à medida que as condições financeiras melhoraram", disse na semana passada o presidente do Fed, Ben Bernanke.
A operação de redesconto é usada por bancos que se encontram momentaneamente com problema de caixa, o que poderia levar a uma interrupção nas operações e, consequentemente, causar uma crise em todo o sistema. Ao reduzi-la, o Fed passou a dar liquidez aos bancos, permitindo que eles pegassem dinheiro a taxas mais baixas, com a intenção de que não reduzissem o crédito, freando a economia como um todo.
Para analistas, a decisão do Fed é um prenúncio de que ele vai elevar a taxa de juros básica, ainda que não no curto prazo.
Um aumento na taxa de juros pode provocar uma saída dos investidores estrangeiros dos mercados emergentes (de maior risco) como o brasileiro, já que deixar o dinheiro nos EUA vai ficar mais atraente.
"Hoje [ontem], eles aumentaram a taxa de redesconto e, não amanhã ou no dia seguinte, mas logo, vão elevar a taxa de juros básica, já que a economia está começando a se recuperar", disse Chris Rupkey, do Bank of Tokyo-Mitsubishi.
"O Fed pode ficar falando o dia todo que o aumento na taxa de redesconto é uma medida técnica, e não de política, mas o mercado o considera um tiro de alerta", completou Rupkey.
Para T.J. Marta, estrategista de mercado da firma de pesquisa financeira Marta on the Markets, ainda vai levar vários meses para o BC norte-americano alterar a taxa básica de juros. "O Fed tomou medidas extraordinárias para impedir que a economia implodisse durante a crise. Agora que o perigo já passou, ele pode retirar algumas dessas ajudas."
A alteração na política monetária, porém, não é um consenso porque a maior economia mundial continua a dar sinais contraditórios. O PIB, por exemplo, cresceu nos últimos dois trimestres do ano passado, mas a taxa de desemprego está em um dos níveis mais altos desde o início da década de 80 e os consumidores continuam a enfrentar dificuldades para pegar dinheiro emprestado nos bancos. "Isso [a ação do Fed ontem] é mais um caso de normalização do que um precursor de mudanças na política monetária", afirmou Aaron Kohli, estrategista do RBS Securities.
O anúncio do Fed foi feito ontem à noite, após o fechamento do mercado brasileiro, que pode reagir negativamente hoje.

Fonte: Folha de S. Paulo

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SETOR DE SERVIÇOS DA ZONA DO EURO DESACELERA EM FEVEREIRO




O setor manufatureiro da Zona do Euro cresceu no maior ritmo em dois anos em meio em fevereiro, mas o de serviços, o principal da região, expandiu-se em ritmo mais fraco que o esperado.
Divulgado nesta sexta-feira (19), o índice Markit do setor de serviços, feito com cerca de 2 mil empresas, caiu para 52,0 na leitura preliminar deste mês, ante 52,5 em janeiro.
Apesar da queda e de ter ficado abaixo da previsão de analistas consultados pela Reuters de 52,5, o número está acima da linha de 50, que divide a contração do crescimento, pelo sexto mês.
O indicador da atividade manufatureira, por outro lado, cresceu no maior ritmo em 30 meses, atingindo 54,1 em fevereiro, comparado a 52,4 em janeiro e estimativa do mercado de 52,6.
O componente de produção do setor manufatureiro saltou para 56,9 neste mês, o maior patamar desde abril de 2007, contra 56,0 em janeiro.

Fonte: Brasil Econômico

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»CONJUNTURA
BNDES PODE RECEBER MAIS R$ 40 BI PARA FINANCIAR COMPRA DE MÁQUINAS




O governo prepara nova injeção de recursos do Tesouro Nacional na renovação das linhas de crédito subsidiadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)para compra e exportação de bens de capital. A ideia é de um reforço de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões, o que dobrará os recursos disponíveis no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), nome oficial da linha de crédito lançada no ano passado, em caráter de emergência, em meio à crise econômica.
Atendendo a uma solicitação do Ministério da Fazenda e do Tesouro, o BNDES enviou, no início do mês, um documento com as justificativas para elevar os recursos do programa. O principal argumento é que o PSI tem ajudado a elevar a taxa de investimento da indústria. De acordo com fonte do governo, já há uma corrente que defende a manutenção do programa até dezembro. Mas ainda há preocupação quanto ao custo fiscal do benefício.
Lançado em julho do ano passado, como instrumento de redução dos impactos negativos da crise sobre a produção industrial, o programa tinha prazo para terminar - 31 de dezembro do mesmo ano - e recebeu R$ 40 bilhões do Tesouro para equalizar as taxas subsidiadas dos empréstimos do BNDES. Ou seja, o BNDES baixou os juros para as indústrias comprarem equipamentos e máquinas e o Tesouro entraria com a parcela restante para igualar os juros à remuneração mínima, evitando prejuízos para o banco.
Com isso, o BNDES pôde reduzir à metade, para o tomador final, os juros para aquisição e exportação de bens de capital. No Finame, linha de crédito tradicional para a indústria, a taxa anual ficava em torno de 10% ao ano; no PSI, passou, em média, a 4,5% ao ano. A prorrogação até junho deste ano já havia sido decidida. No encerramento de 2009, o PSI aprovara projetos de R$ 37,1 bilhões, sendo 75% (R$ 28,1 bilhões) para o segmento de bens de capital.
Foi, segundo estimativas preliminares do banco, a iniciativa com melhor resposta dos setores que compram máquinas e equipamentos. Técnicos do BNDES já identificaram uma tendência de desconcentração dos recursos em relação às operações da linha Finame com o PSI, indicando que mais empresas estão tomando empréstimos para investir em máquinas e equipamentos.
No início do programa, os pedidos eram especificamente para troca de máquinas. Agora já são estão sendo identificados investimentos novos. A média diária de liberação da linha direta para bens de capital havia atingido R$ 154 milhões em setembro de 2008. Com a crise, caiu a R$ 61 milhões em julho de 2009, quando foi lançado o PSI. Em dezembro, alcançou R$ 182 milhões.
"Outro dia ouvi de um grande fabricante de bens de capital que, na sua base de clientes, há muitas pequenas empresas que não estão apenas substituindo máquinas. Estão comprando equipamentos novos", disse ontem o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que não comentou uma possível prorrogação do programa.
O presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, disse que os pequenos industriais aguardam a prorrogação do PSI para manter planos de investimentos. Segundo ele, a sugestão foi levada por ele e outros líderes de segmentos industriais à última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em dezembro. Ele acredita numa definição até a próxima reunião, em março.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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“´ALTA DA SELIC DEVE DESACELERAR ECONOMIA NO 2º SEMESTRE´´




A elevação da taxa Selic, com início esperado para abril, deve desacelerar a economia brasileira principalmente a partir do segundo semestre do ano. A previsão é do economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, ao programa AE Broadcast Ao Vivo, da Agência Estado. Para o analista, o crescimento da economia brasileira poderia chegar a 7% em 2010, mas a alta da Selic deverá trazer o Produto Interno Bruto (PIB) para um nível "mais razoável". Ele projeta avanço de 6% do PIB em 2010.
Vale prevê um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,7% neste ano, mas não descarta um avanço para 5%, números que ficam acima do centro da meta de inflação (4,5%). "Para ter um IPCA de 4,7%, no cenário muito ruim de inflação que estamos tendo no primeiro trimestre, o IPCA médio, a partir de abril, teria de ser de 0,3% a cada mês. Acho difícil isso acontecer", acrescentou. O analista avalia que os principais riscos à inflação neste ano derivam da demanda doméstica. Para o economista, a taxa Selic começará a subir em abril, com alta de 0,5 ponto porcentual. Até o fim do ano, prevê o analista, a taxa Selic deve subir 0,25 ponto, ante a atual de 8,75%.
Com essa elevação esperada do juro, uma trajetória de desaceleração também pode ocorrer com a criação de empregos formais no País. Vale considera que "não seria difícil" a concretização da meta do governo de 2 milhões de novas vagas formais em 2010. Mas, do mesmo modo que deve haver perda de velocidade no ritmo de crescimento econômico, a possibilidade de não ocorrer tal elevação na quantidade de postos de trabalho também reside na condução da política monetária.
O aperto do juro ainda deverá atuar bastante na desaceleração da economia em direção a 2011, "trazendo a inflação para mais próximo (do centro) da meta", ponderou. Para Vale, a expectativa de inflação para 2011 coletada na pesquisa Focus, conduzida pelo BC, continua ancorada pela percepção dos agentes do mercado relacionada à possibilidade de o BC ser "veemente na sua política, começando a fazer o aumento do juro em um momento em que achar adequado".
Com a alta projetada para a Selic, Vale acredita que a economia vai desacelerar, mas não enfrentará o risco dos voos de galinha extremos como no passado, de crescimento muito forte em um ano e desaceleração intensa no seguinte. "Esse risco passou. Com pequenos ajustes na política monetária, mantém-se a inflação na meta sem acelerar tanto a economia."
As estimativas para o próximo ano têm por base a manutenção das políticas econômicas pela próxima administração federal. Vale avalia que não haverá um "cavalo de pau" nas políticas monetária e cambial. "Não há franco-atiradores na disputa presidencial."
FIPE
Ontem, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que o IPC avançou 1,09% na segunda quadrissemana de fevereiro, em comparação com 1,28% da quadrissemana anterior. O IPC-S, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 1,04% na quadrissemana encerrada em 15 de fevereiro, abaixo do 1,33% da quadrissemana até 7 de fevereiro.
Essa desaceleração nos dados de inflação era esperada, mas não significa que não existam perigos adicionais nesta arena, pondera Vale. "Não concordo muito quando se fala que a questão da inflação agora é só um problema sazonal."
O analista observa que os itens ligados à educação apresentaram peso relativamente forte no início do ano e começam a desacelerar. Para os próximos meses, no entanto, Vale acrescenta que todas as indicações relativas à demanda no País, principalmente dados contidos nos núcleos dos índices, mostram que as pressões para a inflação vão além da questão sazonal do início de ano.
Para o economista, o componente alimentos não está entre os itens de preocupação. Vale lembra que, no início do ano, este item mostra volatilidade por causa do período de chuvas. Depois de março, a expectativa é que os preços de alimentos mostrem desaceleração maior do que deve vir em fevereiro.
Segundo ele, são preocupantes para o cenário de inflação no País os itens ligados à demanda doméstica, como o setor de serviços, que tem "tendência de aceleração importante neste ano". Outro risco está ligado à taxa de câmbio. "A taxa de câmbio em um cenário de economia forte e de depreciação pode ser preocupante para a inflação. O BC terá de olhar com carinho a questão da demanda e do câmbio este ano", completa.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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PROVISÃO NÃO CUMPRIDA ELEVA O LUCRO DO BNDES




A forte redução das despesas operacionais líquidas contribuiu para o robusto aumento do lucro líquido do BNDES, que saltou de R$ 5,3 bilhões em 2008 para R$ 6,7 bilhões em 2009, período ainda castigado pela crise financeira. O resultado colocou o banco no ranking dos cinco maiores lucros alcançados por bancos públicos e privados em 2009. A lista foi liderada pelo Itaú Unibanco, seguido pelo Bradesco e pelo BNDES, que ficou à frente do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
A reversão de uma provisão e o impacto positivo da correção, pela Selic, de dividendos pagos por empresas investidas pela BNDESPar - braço de participações do banco - levou a uma queda das despesas de R$ 3 bilhões em 2008 para R$ 833 milhões no ano passado. A transformação da provisão em receita decorreu de uma vitória do BNDES em instância superior, depois de perder na segunda instância uma disputa legal contra uma empresa (cujo nome a instituição não revela), que contribuiu com R$ 600 milhões para engordar o balanço da instituição de fomento.
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, destacou que o excelente desempenho das contas do banco, num ano difícil, foi garantido pelo resultado bruto da intermediação financeira, que passou de R$ 3,9 bilhões em 2008 para R$ 5,8 bilhões em 2009, dado o expressivo crescimento da carteira de operação de crédito. "O que perdemos em spread (o BNDES opera com o menor spread da praça, taxa anual de 1,1%) ganhamos em volume de crédito", comemorou Coutinho. A taxa de inadimplência do banco subiu de 0,11% para 0,20%, considerada baixa por Coutinho.
O resultado com participações societárias da BNDESPar fechou em R$ 3,9 bilhões em 2009, ante R$ 6 bilhões em 2008 por conta da retração do mercado de capitais, principalmente no primeiro semestre. Na ocasião, o BNDES optou por não ir ao mercado desinvestindo papéis de seu portfólio e aproveitou para comprar na baixa da bolsa. O valor do portfólio de ações da BNDESPar em 31 de dezembro era de R$ 92,9 bilhões. "A BNDESPar tem uma visão de longo prazo em relação a seus investimentos e esta política de renda variável nos dá tranquilidade para trabalhar com um bom resultado em 2010", disse o presidente do banco.
Os números revelaram que a situação financeira do BNDES hoje é excelente, se medida pelos limites prudenciais definidos no Acordo de Basiléia. Os ativos totais da instituição somaram R$ 386,6 bilhões em 2009 ante R$ 277,2 bilhões em 2008. O patrimônio de referência do banco atingiu em dezembro valor de R$ 54 bilhões, correspondente a 17,5% dos ativos da instituição (R$ 41,4 bilhões em 2008).
Isto dá ao BNDES um grande conforto em relação a sua capacidade de emprestar para grandes grupos, dentro de um cenário de retomada do crescimento em 2010. No ano passado, o patrimônio líquido do banco atingiu R$ 27,6 bilhões em relação a R$ 25,2 bilhões em 2008 e a rentabilidade do PL, 25,47%, contra 23,85% no ano anterior.
Com o nível do patrimônio de referência acima das exigências dos limites prudenciais fixados no acordo de Basiléia (um mínimo de 11% dos ativos da instituição), o BNDES fica capacitado a aumentar sua carteira e ampliar de R$ 10,6 bilhões para R$ 13,5 bilhões o limite máximo de crédito para grandes empresas ou grupos. O limite de empréstimo para grandes grupos corresponde a 25% do patrimônio de referência. A única exceção, no caso, é a Petrobras, que conta com este limite para cada uma de suas empresas, como confirmou o diretor financeiro do banco, Maurício Borges Lemos.
O executivo disse que este resultado do BNDES em 2009 dá tranquilidade para trabalhar este ano. As captações junto ao Tesouro somaram R$ 105 bilhões em 2009 e o banco desembolsou R$ 137 bilhões para projetos de investimento no período, um recorde.

Fonte: Valor Econômico

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GOVERNO AINDA NÃO DEFINIU O USO DO FGTS




O governo ainda não definiu se será permitido usar recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na compra das novas ações da Petrobras. Os trabalhadores que compraram os papéis da estatal em 2000 com o dinheiro preso no fundo de garantia terão direito de preferência para manter suas participações acionárias na estatal.
O FGTS tem hoje 2% das ações da Petrobras, o que deve levar a um aporte de quase de R$ 3 bilhões dos trabalhadores.
Se não puder utilizar o dinheiro do fundo, o trabalhador que for acionista da Petrobras poderá comprar os papéis com dinheiro próprio, desde que respeitando a sua participação atual na empresa.
Quem não quiser exercer esse direito poderá vendê-lo para outra pessoa ou mesmo para o banco que administra o fundo FGTS-Petrobras.
O uso do FGTS para a compra das novas ações da Petrobras divide o governo. Alguns integrantes, incluindo os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Edison Lobão (Minas e Energia), sinalizaram publicamente que o governo não permitirá o uso do fundo na capitalização da Petrobras.
Entidades do mercado, como a Amec (associação dos acionistas minoritários), defendem que o trabalhador possa utilizar o FGTS para manter sua participação na empresa. Um dos argumentos é que o próprio governo não colocará dinheiro no aumento de capital da empresa, sendo privilegiado por entrar na operação por meio da cessão de títulos da dívida pública.

Fonte: Folha de S. Paulo

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IGP-M REGISTRA ALTA DE 1,1% NA SEGUNDA PRÉVIA DE FEVEREIRO




O Índice Geral de Preços o Mercado (IGP-M) registrou alta de 1,1% na segunda prévia do mês de fevereiro, ante 0,5% no mesmo período do mês anterior.
Os dados são apurados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O principal motivo para a alta (que era estimada em 1,01% por analistas) foi o aumento dos custos no atacado.
Os componentes da cana-de-açúcar foram os principais responsáveis pelo reajuste do índice. O açúcar cristal teve aumento de 20,68% no período, enquanto o álcool etílico anidro e o álcool etílico hidratado registraram alta de 16,56% e 13,74%, respectivamente.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) apresentou variação de 1,34% no segundo decêndio de fevereiro. No mesmo período do mês anterior, a oscilação foi de 0,44%. A maior contribuição para esta aceleração teve origem no subgrupo alimentos processados, cujo a taxa passou de 2,02% para 4,36%.
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,8% no mesmo período de fevereiro, ante 0,74% no mesmo intervalo do mês anterior.
Cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram avanços em suas taxas. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (1,53% para 2,47%), por influência do item tarifa de ônibus urbano, que teve reajuste de 2,79% para 4,52%.
Também registraram acréscimos nas taxas de variação os grupos: Habitação (0,23% para 0,29%), Educação, Leitura e Recreação (0,85% para 0,97%), Despesas Diversas (0,18% para 0,37%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,28% para 0,30%).
Em contrapartida, apresentaram decréscimos em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (1,19% para 0,93%) e Vestuário (0,77% para 0,23%).
INCC
No mesmo período de referência, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) se manteve praticamente estável com 0,39%, ante 0,40%, no segundo decêndio do mês de janeiro.
A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,36%, em janeiro, para 0,48%, em fevereiro. O índice que capta o custo da Mão de Obra variou 0,28%, em fevereiro, após elevação de 0,44%, na apuração referente ao mesmo período do mês anterior.

Fonte: Brasil Econômico

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BNDES MANTERÁ PARTICIPAÇÃO




O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse ontem que o banco apoia a união das operações das empresas de etanol Brenco e ETH Bionergia, controlada pelo grupo Odebrecht, por criar uma empresa forte no setor de energia renovável. O executivo afirmou que a BNDESPar, empresa de participações do banco que detém quase 21% do capital da Brenco, continuará sócia do novo negócio, mas não detalhou como ficará a participação acionária com a fusão das operações das duas empresas.
"Permaneceremos sócios. Na medida em que outros sócios aportem capital na empresa, o BNDES também aportará, numa escala moderada. O importante é viabilizar uma nova empresa de grande escala no setor, num padrão elevado de sinergia e eficiência na produção de etanol", disse Coutinho. Ele acrescentou que ainda é cedo para dizer se a nova empresa terá capacidade de se internacionalizar. "Permitirá o aparecimento de mais um grande player de capital nacional no setor. Nos parece um processo interessante e meritório." Coutinho destacou o fato de as duas empresas terem projetos de expansão de plantas.
Embora não tenha falado em cifras, Coutinho confirmou o financiamento do banco ao projeto de expansão da ETH, que, segundo ele, foi acertado antes da união. Em 2008, o banco havia anunciado também um financiamento de R$ 1,2 bilhão para o projeto de expansão da Brenco.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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